Atraso nas privatizações da Grécia pode conduzir a um 'default'
O programa de privatizações grego soma 50 bilhões de euros até 2015, dos quais 5 bilhões antes do fim deste ano
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2011 às 19h14.
Atenas - Um persistente "atraso" no programa de privatizações da Grécia pode conduzir o país a um default, advertiu nesta segunda-feira o representante permanente do FMI na Grécia, Bob Traa.
"As privatizações já têm atraso em relação ao programa, já que os políticos não podem entrar em acordo sobre a forma como proceder", declarou o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos três grandes credores do país, junto com a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu (BCE).
"Se demorar mais (...) o país pode ir a um default" de sua enorme dívida, acrescentou Traa.
O programa de privatizações grego soma 50 bilhões de euros até 2015, dos quais 5 bilhões antes do fim deste ano.
Segundo Traa, as privatizações não apenas supõem uma mudança de gestão do setor público ao privado, mas também concedem capitais e conhecimentos para "irrigar" o país, cujo "eletrocardiograma se parece com o de um homem morto".
No curto prazo, o governo da Grécia prevê uma semana difícil tanto para Atenas como para a Eurozona, que enfrentam decisões cruciais sobre o apoio financeiro ao país e o futuro do euro, afirmou nesta segunda-feira o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, ao iniciar um encontro com representantes do FMI e empresários gregos, organizado pela revista britânica The Economist.
"Antes de mais nada, temos que respeitar nossa meta para 2011, reduzir o déficit a 1,8 bilhão de euros", destacou Venizelos, ao recordar que em 2010 o déficit era de 11 bilhões de euros e em 2009 alcançava 24 bilhões de euros.
"Nosso objetivo é chegar a um excedente orçamentário em 2012".
"Mas para alcançar este objetivo é preciso adotar agora decisões de caráter histórico", insistiu Venizelos.
"Se não as adotarmos agora, seremos obrigados a adotá-las em breve em condições incontroláveis e dolorosas", concluiu Venizelos.
A opinião é compartilhada pelo representante permanente do FMI na Grécia, Bob Traa.
"Medidas adicionais serão necessárias para reduzir o déficit fiscal grego", disse Traa no mesmo evento.
Ele defendeu uma reforma urgente da administração fiscal e advertiu o governo grego contra impostos cada vez mais elevados. Também recordou a necessidade um maior apoio político para aprovar as reformas estruturais necessárias.
Nesse contexto, as bolsas europeias fecharam no vermelho nesta segunda-feira, com quedas superiores a 2 ou 3%.
"Não pedimos nada mais do que já foi acordado com a Grécia,", disse nesta segunda-feira o porta-voz de Assuntos Econômicos da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj.
A recessão segue corroendo a economia grega, que só deve recuperar um crescimento positivo em 2013. Em 2011, segundo projeções do governo grego, o PIB cairá 5,5%, e em 2012, retrocederá 2,5%.
Contudo, segundo o banco de investimentos, Morgan Stanley, a Grécia conseguirá evitar o fim dos pagamentos no curto prazo graças ao apoio de seus sócios europeus.
Os sacrifícios a serem feitos pelo país, no entanto, também foram destacados pelos analistas do banco.
"Os riscos de contágio são altos, mas a Europa tem condições e pretende evitá-la", disseram os analistas do banco.
Atenas - Um persistente "atraso" no programa de privatizações da Grécia pode conduzir o país a um default, advertiu nesta segunda-feira o representante permanente do FMI na Grécia, Bob Traa.
"As privatizações já têm atraso em relação ao programa, já que os políticos não podem entrar em acordo sobre a forma como proceder", declarou o representante do Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos três grandes credores do país, junto com a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu (BCE).
"Se demorar mais (...) o país pode ir a um default" de sua enorme dívida, acrescentou Traa.
O programa de privatizações grego soma 50 bilhões de euros até 2015, dos quais 5 bilhões antes do fim deste ano.
Segundo Traa, as privatizações não apenas supõem uma mudança de gestão do setor público ao privado, mas também concedem capitais e conhecimentos para "irrigar" o país, cujo "eletrocardiograma se parece com o de um homem morto".
No curto prazo, o governo da Grécia prevê uma semana difícil tanto para Atenas como para a Eurozona, que enfrentam decisões cruciais sobre o apoio financeiro ao país e o futuro do euro, afirmou nesta segunda-feira o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, ao iniciar um encontro com representantes do FMI e empresários gregos, organizado pela revista britânica The Economist.
"Antes de mais nada, temos que respeitar nossa meta para 2011, reduzir o déficit a 1,8 bilhão de euros", destacou Venizelos, ao recordar que em 2010 o déficit era de 11 bilhões de euros e em 2009 alcançava 24 bilhões de euros.
"Nosso objetivo é chegar a um excedente orçamentário em 2012".
"Mas para alcançar este objetivo é preciso adotar agora decisões de caráter histórico", insistiu Venizelos.
"Se não as adotarmos agora, seremos obrigados a adotá-las em breve em condições incontroláveis e dolorosas", concluiu Venizelos.
A opinião é compartilhada pelo representante permanente do FMI na Grécia, Bob Traa.
"Medidas adicionais serão necessárias para reduzir o déficit fiscal grego", disse Traa no mesmo evento.
Ele defendeu uma reforma urgente da administração fiscal e advertiu o governo grego contra impostos cada vez mais elevados. Também recordou a necessidade um maior apoio político para aprovar as reformas estruturais necessárias.
Nesse contexto, as bolsas europeias fecharam no vermelho nesta segunda-feira, com quedas superiores a 2 ou 3%.
"Não pedimos nada mais do que já foi acordado com a Grécia,", disse nesta segunda-feira o porta-voz de Assuntos Econômicos da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj.
A recessão segue corroendo a economia grega, que só deve recuperar um crescimento positivo em 2013. Em 2011, segundo projeções do governo grego, o PIB cairá 5,5%, e em 2012, retrocederá 2,5%.
Contudo, segundo o banco de investimentos, Morgan Stanley, a Grécia conseguirá evitar o fim dos pagamentos no curto prazo graças ao apoio de seus sócios europeus.
Os sacrifícios a serem feitos pelo país, no entanto, também foram destacados pelos analistas do banco.
"Os riscos de contágio são altos, mas a Europa tem condições e pretende evitá-la", disseram os analistas do banco.