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Projeto da ONU pede medidas sobre mísseis iranianos no Iêmen

O Conselho de Segurança prevê votar o projeto no fim deste mês, mas ainda não se sabe se a Rússia apoiará algum movimento que puna Teerã

Iêmen: o texto "condena" o Irã por violar o embargo de armas imposto ao Iêmen em 2015 (Khaled Abdullah/Reuters)

Iêmen: o texto "condena" o Irã por violar o embargo de armas imposto ao Iêmen em 2015 (Khaled Abdullah/Reuters)

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AFP

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 16h07.

O Conselho de Segurança da ONU está considerando um projeto de resolução que condenaria o Irã por violar o embargo de armas ao Iêmen e que pede medidas para abordar esta infração, segundo o texto obtido pela AFP nesta segunda-feira (19).

Redigido pelo Reino Unido, o projeto de resolução responde a um relatório de um painel de especialistas da ONU apresentado na semana passada, segundo o qual os mísseis lançados pelos rebeldes huthis do Iêmen na direção da Arábia Saudita são de fabricação iraniana.

O Conselho de Segurança prevê votar o projeto no fim deste mês, mas ainda não se sabe se a Rússia apoiará algum movimento que puna Teerã.

O texto "condena" o Irã por violar o embargo de armas imposto ao Iêmen em 2015 "fracassando ao adotar as medidas necessárias para prevenir o abastecimento direto, ou indireto", de mísseis balísticos de curto alcance, drones e qualquer outro tipo de equipamento militar aos huthis.

Apoiado por Estados Unidos e França, o documento especifica que "essas violações exigem uma resposta maior por parte do Conselho e decide adotar medidas adicionais para abordar essas violações".

Embora o relatório apresentado na semana passada ao Conselho não inclua detalhes sobre as medidas mencionadas, assinala que "qualquer atividade vinculada ao uso de mísseis balísticos no Iêmen" é um critério para impor sanções.

O embaixador russo, Vassily Nebenzia, assegurou semanas atrás que não está claro se os mísseis e o armamento usados pelos rebeldes foram fabricados no Irã, ou foram enviados antes do embargo de 2015, colocando em dúvida as conclusões do grupo de especialistas da ONU.

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