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Programa de espionagem telefônica termina no EUA

Chefe da CIA advertiu que permitir que expirem os programas de vigilância incluídos na Lei Patriótica pode implicar em um aumento das ameaças terroristas


	Rand Paul: senador republicano bloqueou a possibilidade de chegar a uma solução
 (©afp.com / Brendan Hoffma)

Rand Paul: senador republicano bloqueou a possibilidade de chegar a uma solução (©afp.com / Brendan Hoffma)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 07h08.

O Senado americano não conseguiu um acordo, neste domingo, para evitar a expiração, à meia-noite, da Lei Patriótica antiterrorista, que inclui a coleta de dados telefônicos pela Agência de Segurança Nacional (NSA), depois que o senador republicano Rand Paul bloqueou a possibilidade de chegar a uma solução.

"A Lei Patriótica expirará esta noite", disse Paul, que aspira à Presidência, depois de horas de um debate infrutífero para aprovar uma reforma que permitisse manter em vigor importantes medidas de segurança nacional.

A reforma, denominada "Freedom Act" (Lei da Liberdade), já tinha sido aprovada pela Câmara de Representantes (baixa), com republicanos e democratas unidos no desejo de controlar a coleta, por parte da NSA, de dados telefônicos de milhões de americanos sem nenhuma ligação com o terrorismo.

Também permitia continuar coletando dados através de operadores telefônicos e não da NSA.

O chefe da CIA, John Brennan, advertiu neste domingo que permitir que expirem os programas de vigilância incluídos na Lei Patriótica pode implicar em um aumento das ameaças terroristas.

"Isto é algo que não podemos nos permitir neste momento", disse Brennan sobre a expiração da norma à meia-noite.

"Porque se olharmos para os horrendos ataques terroristas e a violência que têm lugar hoje no mundo, precisamos manter a segurança no nosso país e nossos oceanos não nos mantêm mais seguros da forma como faziam um século atrás", destacou em declarações à emissora CBS.

O presidente Barack Obama exigiu na sexta-feira ao Senado votar "rapidamente" a reforma do programa de coleta de dados de ligações telefônicas da NSA, e advertiu contra as consequências de não fazê-lo.

"Não quero que (...) enfrentemos uma situação em que teríamos podido impedir um ataque terrorista ou deter alguém perigoso e não o tenhamos feito simplesmente devido a uma inação do Senado", disse.

A Casa Branca e a Câmara de Representantes estavam de acordo em aprovar uma nova lei que permita continuar coletando dados telefônicos nos Estados Unidos (horário, duração, número do destinatário), mas através de operadoras telefônicas e não da NSA.

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