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Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.
O prêmio Nobel de economia de 2006 foi dado nesta segunda-feira (9/10) ao professor Edmund Phelps, da Universidade de Columbia, pelos seus trabalhos do final da década de 60, que derrubaram a crença anterior sobre a relação entre inflação e desemprego e ajudaram a domar a economia americana nos anos 80. Na época em que foram desenvolvidos seus estudos, acreditava-se que, mantendo altos índices de inflação era possível manter baixas taxas de desemprego com o estímulo da economia e juros baixos.
Essa relação foi representada graficamente por meio da curva de Phillips. Phelps tinha uma visão crítica sobre a natureza puramente estatística da teoria, já que, para ele, a inflação não dependia somente do desemprego, mas também da expectativa de empresas e empregados sobre o aumento dos preços e salários.
Seu modelo ficou conhecido como Curva de Phillips Neoclássica Monetarista e foi utilizado para controlar a inflação nos Estados Unidos no princípío da década de 80. Ainda hoje, avalia-se a expectativa do mercado antes de decidir por mudanças nas taxas de juros. "Phelps estava na lista de todos como um provável ganhador do Nobel", disse Robert Solow, um também vencedor do Nobel de economia. O economista vai receber um prêmio de 1,37 milhões de dólares.
É a segunda vez que a Real Academia de Ciências da Suécia premia um crítico das medidas macroecônomicas keynesianas do pós-guerra. Antes, já havia sido premiado o economista Milton Friedman, em 1976.