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Produto que matou Kim Jong-Nam é encontrado em roupas de acusadas

Esta é a primeira prova que vincula diretamente as duas mulheres suspeitas ao agente neurotóxico VX, que matou o irmão do líder norte-coreano

Kim Jong-Nam: ele foi atingido no rosto por um agente tóxico (Foto/AFP)
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AFP

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 09h53.

Última atualização em 5 de outubro de 2017 às 09h53.

Vestígios do agente neurotóxico usado no assassinato na Malásia do irmão do líder norte-coreano foram encontrados nas roupas das duas acusadas pelo crime, afirmou um químico durante o julgamento.

Esta é a primeira prova que vincula diretamente as duas mulheres ao agente neurotóxico VX, uma versão altamente letal do gás sarin, considerado uma arma de destruição em massa.

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No dia 13 de fevereiro, Kim Jong-Nam, meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-Un, faleceu 20 minutos depois de ser atingido no rosto por este produto quando estava no aeroporto internacional de Kuala Lumpur.

A indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong, acusadas pelo crime, estão sendo julgadas desde segunda-feira na Alta Corte de Shah Alam, subúrbio de Kuala Lumpur, onde fica o aeroporto.

"Encontramos VX na camisa sem mangas de Siti Aisyah", declarou o químico Raja Subramaniam durante seu depoimento nesta quinta-feira como testemunha.

A camisa usada por Huong tinha VX em estado puro e uma substância usada para fabricar veneno. Também havia vestígios de veneno em suas unhas, completou.

As imagens das câmeras de segurança do aeroporto mostram o momento em que as duas mulheres se aproximaram de Kim antes de jogar o líquido em seu rosto.

As duas foram detidas pouco depois do assassinato e podem ser condenadas à pena de morte.

Na abertura do julgamento, na segunda-feira, as duas se declararam inocentes. Ao longo da investigação, elas negaram que desejavam cometer um assassinato e afirmaram que foram enganadas, que acreditavam estar participando de um programa de televisão do tipo "pegadinha".

Os advogados de defesa afirmam que os culpados são norte-coreanos que fugiram da Malásia.

A Coreia do Sul acusa o Norte de ter organizado o assassinato, o que Pyongyang nega. Kim Jong-Nam criticava o regime norte-coreano e vivia no exílio.

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