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Procuradoria do Panamá receberá US$ 2,4 mi para caso Odebrecht

Verba será usada para contratar analistas financeiros, comprar tecnologia especializada e custear viagens dos procuradores

Odebrecht: construtora se comprometeu verbalmente a pagar US$ 59 milhões ao governo panamenho (Guadalupe Pardo/Reuters)

Odebrecht: construtora se comprometeu verbalmente a pagar US$ 59 milhões ao governo panamenho (Guadalupe Pardo/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 08h27.

Cidade do Panamá .- O governo do Panamá autorizou nesta quarta-feira a transferência de US$ 2,4 milhões ao Ministério Público do país para agilizar as investigações sobre os subornos pagos pela Odebrecht.

"O Órgão Executivo e todas suas instituições estão à disposição do Ministério Público para facilitar o desenvolvimento desta e todas as investigações de similar natureza", indicou em comunicado o Ministério da Economia e Finanças (MEF).

A verba orçamentária, que ainda tem que ser aprovada pela Comissão de Orçamentos da Assembleia Nacional, será usada para contratar analistas financeiros, comprar tecnologia especializada e custear viagens dos procuradores, entre outras coisas, já que se trata de um caso "delicado" com muitas "implicações", acrescentou o MEF.

"O presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, manifestou publicamente seu total respaldo às investigações realizadas pelo Ministério Público para que se processe e sancione empresas e pessoas envolvidas em atos de corrupção cometidos contra o erário", enfatizou o Ministério.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos publicou em um relatório de dezembro do ano passado que a Odebrecht desembolsou US$ 788 milhões em subornos em 12 países de América Latina e África, dos quais US$ 59 milhões foram pagos no Panamá entre 2009 e 2014, quando governava o ex-presidente Ricardo Martinelli.

A construtora brasileira se comprometeu verbalmente a pagar ao Estado panamenho US$ 59 milhões, segundo informou a procuradora-geral do país, Kenia Porcell, no último dia 12 de janeiro.

Uma procuradoria especial anticorrupção, criada no final de dezembro e que investiga apenas os casos de suposta corrupção que envolvem a Odebrecht, formulou acusações no mês passado por lavagem de capitais contra 17 pessoas, entre as quais se encontram dois filhos e um irmão de Martinelli.

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