Gustavo Petro, prefeito de Bogotá, discursa durante fórum: Petro também ficará inelegível por 15 anos (Ignacio Prieto/Divulgação via Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 17h54.
Bogotá - A procuradoria-geral da Colômbia destituiu hoje Gustavo Petro do cargo de prefeito de Bogotá, segunda função eletiva mais importante do país, abaixo apenas da Presidência da República. Além de perder o cargo, Petro ficará inelegível por 15 anos.
O prefeito, na opinião do procurador Alejandro Ordóñez, foi punido por ter cometido o que qualificou como "falta gravíssima" na mudança do sistema de coleta de lixo da capital colombiana, ocorrida há um ano.
Segundo o promotor, ficou provada "a violação dos princípios constitucionais de livre empreendimento e competição". Na ocasião, a cidade estava sem coleta regular, o que levou ao acúmulo de toneladas de lixo nas ruas da cidade.
O prefeito bogotano pode recorrer da decisão diretamente a Ordóñez, ironicamente conduzido ao cargo em 2008 com o apoio do próprio Petro, senador na ocasião.
Ordóñez não especificou quando a decisão começaria a valer, mas advogados constitucionalistas consultados pela Associated Press disseram que a decisão ainda precisa ser homologada, o que pode demorar ainda algumas semanas.
Imediatamente após o anúncio da decisão, Petro usou as redes sociais para mobilizar seus seguidores. Horas depois, centenas de pessoas aglomeravam-se na Plaza de Bolívar para manifestar apoio ao prefeito.
"Peço ao mundo solidariedade. Estamos diante de um golpe de Estado contra o governo progressista da cidade de Bogotá", escreveu ele no Twitter.