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Procurador pede que Guaidó seja proibido de deixar a Venezuela

Líder opositor afirmou que medida é parte de "cadeia de ameaças" contra ele e o parlamento venezuelano

Juan Guaidó: Líder da assembleia se autoproclamou presidente interino do país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Juan Guaidó: Líder da assembleia se autoproclamou presidente interino do país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 15h37.

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, pediu nesta terça-feira à Justiça que proíba a saída do país e o congelamento das contas do autoproclamado presidente interino, o opositor Juan Guaidó.

"Chegamos aqui (...) para solicitar a adoção de medidas cautelares (...) que permitam: um, a proibição de sua saída do país; dois, a proibição de movimentar bens, móveis e imóveis; três, o bloqueio de suas contas", declarou Saab na sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

O procurador, que se define como chavista, explicou que estas medidas são parte da investigação ordenada pelo TSJ - de linha oficialista - em 23 de janeiro, mesmo dia em que Guaidó se autoproclamou, acusando o líder socialista Nicolás Maduro de usurpar o poder.

Depois de saber da medida, Guaidó afirmou que não ficou surpreso, considerando que faz parte de uma cadeia de "ameaças" contra ele e o Parlamento de maioria opositora.

"Eu não estou subestimando uma ameaça de prisão, eu não quero que isso chegue até nós. Responsavelmente digo que não há 'nada de novo sob o sol'. Infelizmente, é um regime que não dá respostas aos venezuelanos, a única resposta é a perseguição, repressão", disse ele na entrada do Palácio Legislativo.

"Mais do que uma nova ameaça à minha pessoa, a este Parlamento, à presidência a cargo da República, não há nada de novo. Eu insisto, não subestimamos as ameaças, a perseguição, mas estamos aqui, vamos continuar a exercer os poderes", acrescentou.

O líder da oposição deve liderar uma sessão em que o Congresso irá discutir o quadro legal para um governo de transição e "eleições livres", que Maduro denunciou como parte de um golpe de Estado liderado pelos Estados Unidos

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