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Procurador pede ao Congresso dos EUA que mude regras de asilo

Jeff Sessions disse que as políticas atuais permitem que muitos solicitantes de asilo explorem brechas em um procedimento "quebrado" e extremamente lento

Jeff Sessions: "processo pretendia ser um salva-vidas para as pessoas que enfrentam sérias perseguições, mas se transformou em um ingresso fácil para a entrada ilegal nos EUA" (Kevin Lamarque/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 07h04.

Washington - O procurador-geral dos Estados Unidos , Jeff Sessions, pediu nesta quinta-feira ao Congresso para tornar mais rígidas as regras para as pessoas que buscam asilo no país por considerar que o sistema atual está cheio de "abusos e fraudes".

Em um discurso no Escritório Executivo para a Revisão da Imigração do Departamento de Justiça, Sessions disse que as políticas atuais permitem que muitos solicitantes de asilo explorem brechas em um procedimento "quebrado" e extremamente lento.

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"O sistema está sendo absurdo. Não há dúvida. O processo pretendia ser um salva-vidas para as pessoas que enfrentam sérias perseguições, mas se transformou em um ingresso fácil para a entrada ilegal nos EUA", disse Sessions.

"Com o passar dos anos, os advogados inteligentes aproveitaram as brechas legais, as sentenças judiciais e a falta de recursos para solapar substancialmente a intenção do Congresso. Não há custo ou risco para aqueles que fazem comércio de asilo sem fundamento", completou o procurador-geral dos EUA.

Fazer ajustes nos padrões do sistema de asilo do país é uma das principais medidas enviadas por Trump ao Congresso dentro de uma reforma migratória maior apresentada na última semana.

Entre outras propostas, o plano contempla financiar o muro na fronteira com o México, cortar os repasses federais para as "cidades santuário" e acabar com a chegada de crianças da América Central.

Sessions disse que o número de solicitações de asilo nos EUA passou de 5 mil em 2009 para 94 mil em 2016. Mas não explicou que o fluxo de pessoas da América Central que chegam os EUA é em parte motivado pela presença de grupos criminosos em El Salvador, Honduras e Guatemala.

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