Processo de paz no conflito da Ucrânia é sem perspectiva, diz Putin
Mais cedo, Putin disse também que a Rússia enfrenta uma ameaça "séria" e "muito grande" na Ucrânia
AFP
Publicado em 21 de fevereiro de 2022 às 12h51.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2022 às 13h07.
Os Acordos de paz de Minsk para resolver o conflito da Ucrânia com separatistas pró-russos não têm qualquer perspectiva de serem aplicados, declarou o presidente Vladimir Putin , nesta segunda-feira (21), acusando Kiev de sabotá-los.
"Entendemos que eles não têm absolutamente nenhuma perspectiva", afirmou, durante reunião extraordinária do Conselho de Segurança russo.
As declarações foram dadas após a apresentação de seu chefe de negociações de paz na Ucrânia, Dmitri Kozak. Segundo ele, o processo de negociação "está paralisado desde 2019", e as autoridades ucranianas "nunca" aplicarão os acordos.
Mais cedo, na mesma reunião, o presidente Putin disse também que a Rússia enfrenta uma ameaça "séria" e "muito grande" na Ucrânia.
"O uso da Ucrânia como instrumento de confrontação com nosso país supõe uma ameaça séria e muito grande para nós", frisou o presidente russo, ressaltando que a prioridade de Moscou "não é o confronto, mas a segurança".
Separatistas
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia está considerando reconhecer a independência de duas regiões ucranianas separatistas, mas não anexá-las e adicioná-las formalmente a seu próprio território.
Putin fez os comentários durante uma longa reunião televisionada do Conselho de Segurança da Rússia, durante a qual todos os participantes afirmaram apoiar o reconhecimento da independência das autoproclamadas República Popular de Donetsk e República Popular de Lugansk.