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Príncipe William deverá reinar, mas coroação está distante

Apesar de muitos britânicos preferirem William a Charles, levará tempo para que o príncipe recém-casado seja coroado - seja por mortes, seja por abdicações

William tinha 15 anos quando caminhou solenemente atrás do caixão de sua mãe (Chris Jackson/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2011 às 19h59.

São Paulo - Tão perto, mas ainda tão longe. Ao entrar na Abadia de Westminster para se casar, nesta sexta-feira, o príncipe William percorreu um caminho que deverá repetir no futuro, ao ser coroado rei. Essa ocasião, porém, ainda parece distante - por mais que muita gente se diga ansiosa por vê-lo no trono. Seja pela via normal - a morte da avó e do pai -, seja pela improvável via alternativa - através da abdicação de ambos -, William deve demorar a retornar à abadia para sentar-se na cadeira de coroação usada por dezenas de monarcas em vários séculos.

Na Grã-Bretanha, a sucessão ao trono - ocupado hoje pela rainha Elizabeth II - é determinada pela descendência da família real e pelo Parlamento. Existe uma ordem de sucessão, que determina a sequência dos membros da realeza na “fila" do trono. Nela, em primeiro lugar está o príncipe Charles, filho da rainha e pai do príncipe William, o segundo na sequência. Em terceiro está o irmão de William, Harry, já que a linha de sucessão obedece à lei do “primogênito homem”, ou seja, os filhos mais velhos têm preferência sobre as filhas mais velhas, bem como sobre os mais novos.

A base para a sucessão foi determinada por uma constituição do século XVII, que culminou na Declaração de Direitos de 1689 - responsável por assegurar o poder ao Parlamento britânico - e na Lei do Sucessão (1701) - que determinou que a coroa só pode ser passada a protestantes descendentes da princesa Sofia (neta de James I, ela é considerada uma ancestral da linha de sucessão ao trono britânico) e com o consentimento prévio do Parlamento. Ainda ficou determinado que os elegíveis que se converterem ao catolicismo ou se casarem com algum fiel católico perderá o seu lugar na fila. O soberano também deve ter comunhão com a Igreja da Inglaterra e jurar preservá-la, além de prometer sustentar a sucessão protestante.

Longevidade - Mesmo se a rainha quisesse passar o trono diretamente a William, cedendo à vontade de muitos britânicos encantados com o príncipe e sua nova princesa, ela não poderia, devido às leis que regulam a sucessão. Seria preciso mudar a constituição e ainda obter o aval do Parlamento - algo praticamente impossível. William só será rei, portanto, quando sua avó e seu pai morrerem - o que, pelo histórico da família, de ótima longevidade, não deve acontecer tão cedo. A rainha Elizabeth II está em terceiro lugar no ranking dos monarcas que reinaram por mais tempo, e, em maio deste ano, ficará em segundo, atrás apenas de sua avó, a rainha Vitória.

Até mesmo em caso de abdicação o Parlamento precisa chancelar a sucessão. Apesar de 56% dos britânicos acreditarem que William seria um rei melhor do que seu pai, o futuro monarca já declarou que não quer ser o próximo rei. Fontes ligadas ao príncipe declararam ao jornal The Sunday Telegraph logo após o anúncio do casamento com Kate Middleton que William nem cogita ocupar o trono antes do pai, Charles. Até o dia da coroação chegar, ele deverá ter chances de sobra para treinar o cumprimento da função: é dado como certo que ele será uma presença cada vez mais frequente nos compromissos da realeza, muitas vezes até em substituição a Elizabeth e Charles.

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São Paulo - Tão perto, mas ainda tão longe. Ao entrar na Abadia de Westminster para se casar, nesta sexta-feira, o príncipe William percorreu um caminho que deverá repetir no futuro, ao ser coroado rei. Essa ocasião, porém, ainda parece distante - por mais que muita gente se diga ansiosa por vê-lo no trono. Seja pela via normal - a morte da avó e do pai -, seja pela improvável via alternativa - através da abdicação de ambos -, William deve demorar a retornar à abadia para sentar-se na cadeira de coroação usada por dezenas de monarcas em vários séculos.

Na Grã-Bretanha, a sucessão ao trono - ocupado hoje pela rainha Elizabeth II - é determinada pela descendência da família real e pelo Parlamento. Existe uma ordem de sucessão, que determina a sequência dos membros da realeza na “fila" do trono. Nela, em primeiro lugar está o príncipe Charles, filho da rainha e pai do príncipe William, o segundo na sequência. Em terceiro está o irmão de William, Harry, já que a linha de sucessão obedece à lei do “primogênito homem”, ou seja, os filhos mais velhos têm preferência sobre as filhas mais velhas, bem como sobre os mais novos.

A base para a sucessão foi determinada por uma constituição do século XVII, que culminou na Declaração de Direitos de 1689 - responsável por assegurar o poder ao Parlamento britânico - e na Lei do Sucessão (1701) - que determinou que a coroa só pode ser passada a protestantes descendentes da princesa Sofia (neta de James I, ela é considerada uma ancestral da linha de sucessão ao trono britânico) e com o consentimento prévio do Parlamento. Ainda ficou determinado que os elegíveis que se converterem ao catolicismo ou se casarem com algum fiel católico perderá o seu lugar na fila. O soberano também deve ter comunhão com a Igreja da Inglaterra e jurar preservá-la, além de prometer sustentar a sucessão protestante.

Longevidade - Mesmo se a rainha quisesse passar o trono diretamente a William, cedendo à vontade de muitos britânicos encantados com o príncipe e sua nova princesa, ela não poderia, devido às leis que regulam a sucessão. Seria preciso mudar a constituição e ainda obter o aval do Parlamento - algo praticamente impossível. William só será rei, portanto, quando sua avó e seu pai morrerem - o que, pelo histórico da família, de ótima longevidade, não deve acontecer tão cedo. A rainha Elizabeth II está em terceiro lugar no ranking dos monarcas que reinaram por mais tempo, e, em maio deste ano, ficará em segundo, atrás apenas de sua avó, a rainha Vitória.

Até mesmo em caso de abdicação o Parlamento precisa chancelar a sucessão. Apesar de 56% dos britânicos acreditarem que William seria um rei melhor do que seu pai, o futuro monarca já declarou que não quer ser o próximo rei. Fontes ligadas ao príncipe declararam ao jornal The Sunday Telegraph logo após o anúncio do casamento com Kate Middleton que William nem cogita ocupar o trono antes do pai, Charles. Até o dia da coroação chegar, ele deverá ter chances de sobra para treinar o cumprimento da função: é dado como certo que ele será uma presença cada vez mais frequente nos compromissos da realeza, muitas vezes até em substituição a Elizabeth e Charles.

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