O novo primeiro-ministro da Jordânia, Maaruf Bakhit, assumiu após a renúncia de Samir Rifai (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de março de 2011 às 13h36.
Amã - A Frente de Ação Islâmica (FAI), principal partido da oposição na Jordânia, declarou nesta quarta-feira que o novo primeiro-ministro do país, Maaruf Bakhit, não é a pessoa adequada para as reformas exigidas pela população.
"Achamos que ele não é o homem ideal para executar as reformas políticas necessárias", disse à Agência Efe o chefe do Departamento Político do FAI, Zaki Bani Ersheid.
Ontem, o até então primeiro-ministro jordaniano, Samir Rifai, apresentou sua renúncia ao monarca Abdullah II, que pediu a Bakhit para conduzir "reformas políticas reais e rápidas".
A renúncia aconteceu após a realização de protestos em várias partes da Jordânia pedindo ao monarca a destituição de Rifai.
"A principal razão de nossa oposição ao primeiro-ministro Bakhit é o fato de que seu Governo foi responsável pela manipulação das eleições de 2007", disse Ersheid.
Bakhit formou seu primeiro governo em novembro de 2005 e foi substituído pelo monarca dois anos depois.
A FAI e o movimento Irmandade Muçulmana acusaram o Bakhit de fraude nas eleições de 2007 com o objetivo de reduzir sua influência no parlamento e nas ruas. Naquele pleito, o número de deputados da FAI passou de 17 para seis.