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Principal matador a serviço de Pablo Escobar é libertado

Jhon Jairo Velásquez cumpriu 22 anos de prisão por dezenas de assassinatos ordenados pelo lendário narcotraficante Pablo Escobar nos anos 1980


	Prisão: conhecido pelo apelido 'Popeye', Velásquez foi solto depois de completar cerca de três quintos de sua sentença
 (Ali al-Saadi/AFP)

Prisão: conhecido pelo apelido 'Popeye', Velásquez foi solto depois de completar cerca de três quintos de sua sentença (Ali al-Saadi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2014 às 11h39.

Bogotá - Um dos mais temidos assassinos de cartéis de droga da Colômbia foi libertado depois de cumprir 22 anos de prisão por dezenas de assassinatos ordenados pelo lendário narcotraficante Pablo Escobar nos anos 1980, auge do tráfico de cocaína no país, informou a polícia.

Jhon Jairo Velásquez, conhecido pelo apelido 'Popeye', foi solto na terça-feira da prisão de alta segurança de Cómbita, no Estado de Boyacá, depois de completar cerca de três quintos de sua sentença e receber uma redução de pena por estudar e por bom comportamento. Ele deixou a prisão sob um forte aparato de segurança estatal.

Velásquez, de 52 anos, era o principal executor de Escobar durante a época mais sangrenta do infame Cartel de Medellín, que enviava bilhões de dólares de cocaína para os Estados Unidos e a Europa.

O prolífico assassino, que admitiu ter matado centenas de inimigo de Escobar, esteve à frente de cruentas disputas por território e rotas de tráfico com outras gangues, e indiretamente ligado a milhares de assassinatos cometidos por matadores a soldo de Escobar.

Pertencente ao círculo íntimo de Escobar, Velásquez esteve supostamente envolvido em alguns dos mais famosos crimes do cartel – como o assassinato do candidato presidencial Luis Carlos Galán em 1989 e o atentado contra um avião da Avianca no final do mesmo ano, que matou todas as 107 pessoas a bordo.

Durante sua estadia na prisão, Velásquez forneceu provas que ajudaram a prender outros criminosos, incluindo um ex-senador condenado pelo envolvimento na morte de Galán.

Ironicamente, ter sido informante do governo faz Velásquez correr o risco de ser vítima do mesmo tipo de vingança que ele outrora executou em nome de Escobar.

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