Primeiro-ministro islandês anuncia renúncia
Gunnlaugsson é a primeira figura a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório panamenho Mossack Fonseca
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2016 às 14h57.
Reykjavik - O primeiro-ministro da Islândia , Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo, confirmou o ministro da Agricultura, Sigurdur Ingi Johannsson.
Nenhum substituto foi nomeado e o presidente do país, Olafur Ragnar Grimsson, ainda não aceitou formalmente a renúncia.
Com isso, Gunnlaugsson é a primeira figura proeminente a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca, que mostram arranjos para evasão fiscal de pessoas ricas e famosas em todo o mundo.
O agora ex-premiê havia pedido mais cedo ao presidente islandês que dissolvesse o Parlamento e convocasse novas eleições, mas Grimsson afirmou que queria consultar outros líderes partidários antes de concordar com um fim do governo de coalizão formado entre o Partido Progressista de Gunlaugsson e o Partido Independente.
Os documentos financeiros vazados sugerem que o primeiro-ministro e a esposa criaram uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas.
Gunlaugsson é acusado de conflito de interesse por não revelar seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar.
Gunnlaugsson nega ter cometido qualquer má conduta e disse que ele e sua esposa pagaram todos os impostos e não fizeram nada ilegal. Segundo Gunnlaugsson, seus investimentos financeiros não afetaram as negociações com os credores da Islândia durante a grave crise financeira sofrida pelo país.
Texto atualizado às 14h55
Reykjavik - O primeiro-ministro da Islândia , Sigmundur David Gunnlaugsson, renunciou ao cargo, confirmou o ministro da Agricultura, Sigurdur Ingi Johannsson.
Nenhum substituto foi nomeado e o presidente do país, Olafur Ragnar Grimsson, ainda não aceitou formalmente a renúncia.
Com isso, Gunnlaugsson é a primeira figura proeminente a ser derrubada pelo vazamento de mais de 11 milhões de documentos financeiros do escritório de advocacia e consultoria panamenho Mossack Fonseca, que mostram arranjos para evasão fiscal de pessoas ricas e famosas em todo o mundo.
O agora ex-premiê havia pedido mais cedo ao presidente islandês que dissolvesse o Parlamento e convocasse novas eleições, mas Grimsson afirmou que queria consultar outros líderes partidários antes de concordar com um fim do governo de coalizão formado entre o Partido Progressista de Gunlaugsson e o Partido Independente.
Os documentos financeiros vazados sugerem que o primeiro-ministro e a esposa criaram uma empresa nas Ilhas Virgens Britânicas.
Gunlaugsson é acusado de conflito de interesse por não revelar seu envolvimento com a empresa, que tinha participação em bancos islandeses falidos que seu governo deveria supervisionar.
Gunnlaugsson nega ter cometido qualquer má conduta e disse que ele e sua esposa pagaram todos os impostos e não fizeram nada ilegal. Segundo Gunnlaugsson, seus investimentos financeiros não afetaram as negociações com os credores da Islândia durante a grave crise financeira sofrida pelo país.
Texto atualizado às 14h55