O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, anunciou, na tarde deste domingo, 7, que deixará o cargo na segunda-feira. A decisão foi anunciada pouco depois da divulgação das projeções iniciais das eleições legislativas no país.
Segundo as projeções, a Nova Frente Popular, de esquerda, deve ter entre 172 e 192 cadeiras na Assembleia Nacional, enquanto a aliança Juntos, de Emmanuel Macron, terá entre 150 e 170 cadeiras. O Reagrupamento Nacional, que esperava ter a maioria absoluta após o bom desempenho no primeiro turno, ficará com entre 132 e 152 — o número inclui membros do partido O Republicanos que seguiram o pedido do contestado presidente da sigla, Eric Ciotti, para unirem forças com a extrema direita. O partido, por si só, terá entre 57 e 67 cadeiras, apontam as projeções.
Após projeções iniciais, Jean-Luc Mélenchon, líder do partido A França Insubmissa, disse que esquerda estava pronta para governar e pediu a saída do premier.
Aliança contra a extrema direita
A aliança Nova Frente Popular (NFP) se formou após os resultados do primeiro turno, unindo numa coalizão de partidos de esquerda e centro-direita, que teceram mais de 200 pactos locais implícitos. Foi uma resposta para impedir uma vitória esmagadora de Le Pen e seus aliados, que se saíram melhor no primeiro turno.
As legislativas foram convocadas pelo presidente Emmanuel Macron após os resultados das eleições europeias em 9 junho, quando a extrema direita saiu vitoriosa.
"Saúdo a todos que aceitaram ser candidatos e retirar suas candidaturas e se mobilizaram porta a porta para conseguir arrancar um resultado que parecia ser impossível. Essa noite o Reagrupamento Nacional está longe de ter a maioria absoluta, é um imenso alívio", afirmou, em discurso , Jean-Luc Mélenchon, do partido A França Insubmissa, que integra a coalizão.
"Esta noite tudo começa", diz líder da extrema-direita
Em seu discurso após os primeiros números, Jordan Bardella, líder do RN, chamou a aliança entre partidos de esquerda e centro de "alinça da desonra".
"Infelizmente, a aliança da desonra e os arranjos eleitorais feitos por Emmanuel Macron e Gabriel Attal com a extrema esquerda privam os eleitores de um governo RN", declarou Bardella, em um ataque contra a frente republicana que levou a desistências à esquerda, ao centro e à direita para evitar a chegada da extrema direita ao poder. Segundo ele, "esses acordos eleitorais jogam a França nos braços de Mélenchon". (Com Agência O Globo).
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De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita
(De acordo com os primeiros números, o vencedor do pleito foi a aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pelos quatro maiores partidos da esquerda francesa, seguida da coalizão de centro-direita)
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Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições
(Apoiadores da aliança Nova Frente Popular (NFP) comemoram números iniciais que indicam a vitória da esquerda nas eleições)
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Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981
(Segundo turno das eleições legislativas ficou marcado por um recorde de participação, sendo o maior índice desde 1981)
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As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta
(As primeiras projeções mostram que uma ampla coalizão de esquerda estava liderando uma apertada eleição legislativa francesa, à frente tanto dos centristas do Presidente quanto da extrema direita, sem que nenhum grupo tivesse conquistado a maioria absoluta)
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Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita
(Manifestantes em Nantes levantavam placas contrárias às propostas da extrema-direita)
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Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa
(Em Nantes, manifestante levanta a placa: Racismo não é opinião, é ofensa)
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Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França
(Participantes reagem enquanto ouvem o anúncio dos resultados projetados do segundo turno das decisivas eleições legislativas da França durante um comício em Nantes, oeste da França)
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A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda
(A estimativa da IFOP para a emissora TF1 é de que a Nova Frente Popular poderia ganhar 180-215 assentos no parlamento no segundo turno de votação, enquanto uma pesquisa Ipsos para a France TV projetou 172-215 assentos para o bloco de esquerda)
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Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez
(Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez. (Foto de MOHAMMED BADRA / POOL / AFP))
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O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024
(O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024)