Mundo

Prévia de Iowa começa a definir adversário republicano de Obama em 2012

Partido tem sete pré-candidatos na disputa pela vaga para enfrentar o presidente

Debate dos pré-candidatos republicanos (Win McNamee/Getty Images/AFP)

Debate dos pré-candidatos republicanos (Win McNamee/Getty Images/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2011 às 17h18.

Washington - Os Estados Unidos voltam às urnas em 2012 para votar para presidente ao final de um maratona democrática de quase um ano e que terá sua largada na próxima terça-feira.

O processo começa pouco após os festejos natalinos e de fim de ano com os caucus de Iowa. Tradicionalmente, este estado do meio oeste situado no coração do país abre a campanha de eleições primárias com as quais os dois grandes partidos, o Republicano e o Democrata, selecionam seus respectivos candidatos à Casa Branca.

Desta vez não haverá embate entre os democratas porque o atual presidente, Barack Obama, permanece como candidato indiscutível desde que anunciou, em abril, sua decisão de tentar um segundo e definitivo mandato.

A disputa, muito acirrada, está do lado republicano, onde sete candidatos lutarão pelos votos e os apoios necessários de janeiro até 30 de agosto, data na qual a Convenção Nacional do partido designará em Tampa (Flórida) o rival de Obama para o pleito de 6 de novembro.

Após meses de pré-campanha, de cerca de 20 debates transmitidos pela televisão e de inúmeras pesquisas informais de opinião, os caucus de Iowa serão para os republicanos o primeiro encontro real com os eleitores.

Lideram as pesquisas o ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney e o congressista ultraliberal Ron Paul.

Logo atrás estão o governador do Texas, Rick Perry; a congressista do Tea Party Michele Bachmann e o senador Rick Santorum. Mais distante aparece o ex-embaixador americano na China Jon Huntsman, que perante a falta de chances em Iowa optou por concentrar suas energias nas primárias seguintes, em New Hampshire.

A escolha do candidato de cada partido, como por outro lado também a do presidente dos Estados Unidos, é feita de forma indireta, ou seja, os cidadãos elegem delegados que são os que votam em um ou outro candidato.


Na fase de primárias, os eleitores são em geral os membros registrados do partido, embora cada legenda tenha suas próprias regras, mais ou menos abertas aos independentes, e o procedimento varie de acordo com o estado.

O lado singular no sistema de caucus em comparação com as eleições primárias convencionais é que os eleitores de cada partido se reúnem em assembleias populares - em igrejas, escolas ou até em residências de algum deles - para expressar sua preferência por uma ou outra corrente após um debate que pode durar várias horas.

As assembleias escolhem delegados para as convenções dos condados, que por sua vez enviam representantes à convenção do estado, e esta elege os delegados que vão à convenção nacional do partido, da qual sairá o candidato.

Em Iowa, que tem cerca de três milhões de habitantes, há quase 1.800 caucus. O interesse que eles despertam nacional e internacionalmente não têm proporção com o tamanho ou a relevância deste estado.

Iowa não é representativo da média americana, nem de um ponto de vista econômico, social ou demográfico, embora nos últimos anos venha modificando seu perfil de estado agrário, cristão-evangélico e de população predominantemente branca. Mas o fato de ser o primeiro a ir às urnas faz com que o vencedor de seus caucus se torne imediatamente favorito a ser nomeado candidato à Presidência.

O último a vencer os caucus republicanos de Iowa e ganhar depois as eleições presidenciais foi George W. Bush, em 2000. Oito anos depois, no entanto, os eleitores republicanos deste estado escolheram Mike Huckabee, que não conseguiu no final a nomeação - o escolhido na convenção nacional foi John McCain. EFE

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEstados Unidos (EUA)Países ricosPartido Republicano (EUA)

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia