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Pressionado em casa, Netanyahu acirra tensão entre Israel e Irã

ÀS SETE - No domingo, o primeiro-ministro israelense alertou que os “tiranos de Teerã” não deveriam testar sua força

Tensão: as tensões entre os dois países se acirraram no dia 10 de fevereiro, quando um drone iraniano foi interceptado pelas forças armadas israelenses (Ronen Zvulun/Reuters)

Tensão: as tensões entre os dois países se acirraram no dia 10 de fevereiro, quando um drone iraniano foi interceptado pelas forças armadas israelenses (Ronen Zvulun/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 06h24.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 07h19.

Representantes dos governos aliados da Rússia, do Irã e da Síria se reúnem em Moscou nesta segunda-feira para uma conferência da think tank Valdai Discussion Club. O tema central da discussão não poderia ser outro: os atritos do Irã com Israel. No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alertou, numa conferência em Munique, que os “tiranos de Teerã” não deveriam testar sua força.

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As tensões entre os dois países se acirraram no dia 10 de fevereiro, quando um drone iraniano foi interceptado pelas forças armadas israelenses e, em seguida, um caça de Israel terminou derrubado pelo governo sírio.

O episódio foi considerado o mais grave desde o início da guerra civil da Síria, há sete anos. Israel teme que o Irã esteja tentando estabelecer uma presença permanente em território sírio, como parte de um esforço para ganhar mais espaço no Oriente Médio.

Essa conferência em Munique é realizada anualmente desde 1963, para tratar sobre segurança internacional, especialmente entre membros da OTAN. Logo após o discurso inflamado de Netanyahu, o ministro de relações exteriores do Irã, Javad Zarif, subiu ao palco e ironizou a fala, chegando a dizer que era quase uma encenação circense.

Diz-se que o discurso de Netanyahu contra o Irã seja uma tentativa de desviar a atenção das acusações de corrupção de que tem sido acusado. Um clássico da política.

E não é só Israel que tem voltado sua mira para o Irã. A Arábia Saudita também acusou o país, na conferência, de estar se expandindo militarmente.

O acordo para tentar barrar a atividade nuclear iraniana também foi criticado, e Netanyahu chegou a afirmar que o Irã é a maior ameaça não só ao Oriente Médio, mas ao mundo. A Síria é, neste contexto, o palco principal para a guerra cada vez menos fria entre israelenses e iranianos.

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