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Pressionada, Theresa May pede união de conservadores sobre Brexit

A primeira-ministra britânica pediu apoio ao Brexit aos membros de seu partido, que ameaçam não apoiar seu projeto

Theresa May: a primeira-ministra pediu calma aos colegas do partido para conseguir um pacto com a UE (Darren Staples/Reuters)

Theresa May: a primeira-ministra pediu calma aos colegas do partido para conseguir um pacto com a UE (Darren Staples/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de outubro de 2018 às 10h57.

Birmingham - A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu nesta quarta-feira ao Partido conservador que mostre união e apoie o plano do governo para a separação britânica da União Europeia, dizendo que "se mantivermos a calma" será possível conseguir um acordo com a UE "que atenda o Reino Unido".

May fez um apelo aos correligionários conservadores no último dia de uma conferência partidária, tentando lidar com os receios de que os conservadores estejam perdendo o rumo sob o peso do Brexit ao exortá-los a buscar um futuro melhor.

Dançando no palco da conferência na cidade de Birmingham ao som de "Dancing Queen", do ABBA, May debochou de si mesma depois que seus passos de dança foram imitados em uma viagem à África, e depois da conferência do ano passado em que seu discurso foi interrompido por um acesso de tosse, um intruso no palco e um cenário que desmoronou.

Tratou-se de uma recepção calorosa a uma líder cuja posição já frágil foi submetida a uma pressão ainda maior depois que a UE rejeitou parte de seu chamado plano de Chequers e críticos intensificaram os pedidos para que ela repense sua estratégia para o Brexit, a maior mudança nas políticas externa e comercial do país em mais de 40 anos.

Faltando seis meses para o Reino Unido deixar a UE, May vem suportando a tempestade do Brexit, e minimizou um discurso incendiário de seu ex-secretário de Relações Exteriores, Boris Johnson, no qual este mal disfarçou sua ambição de assumir a liderança do partido

"Se todos nós partirmos em direções diferentes em busca de nossa própria visão do Brexit perfeito, arriscamos acabar sem nenhum Brexit", disse ela, mirando claramente os parlamentares eurocéticos que publicaram planos alternativos para a separação do bloco.

"E existe outra razão para nos unirmos. Estamos entrando na parte mais dura das negociações... o que estamos propondo é muito desafiador para a UE. Mas se ficarmos juntos e mantivermos a calma sei que podemos conseguir um acordo que atende o Reino Unido".

Ela também tentou ampliar sua pauta doméstica, atacando a principal sigla opositora, o Partido Trabalhista, ao dizer que suas propostas, incluindo a reestatização dos correios, das ferrovias e das prestadoras de serviços, elevaria os impostos e afastaria empresas.

O líder trabalhista Jeremy Corbyn, disse ela, "terceirizaria nossa consciência para o Kremlin".

Suas palavras pretenderam apaziguar a frustração crescente de alguns conservadores que dizem abertamente que o partido está sem rumo e incapaz de apresentar uma pauta contra as discórdias de alas opostas do partido no tocante ao Brexit.

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