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Preso comum que pedia indulto morre em Cuba

René Cobas estava em greve de fome há vários dias e faleceu vítima de uma parada cardíaca

Raúl Castro anunciou na sexta-feira que também seriam indultados 86 presos estrangeiros (Frederic Dubray/AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 19h11.

Havana - Um preso comum em greve de fome por não ter sido beneficiado pelo indulto assinado pelo presidente Raúl Castro faleceu vítima de uma parada cardíaca na província oriental de Santiago de Cuba , informaram ativistas da oposição.

René Cobas, 46 anos e condenado por crimes comuns, morreu no domingo na Prisão Provincial de Boniato, em Santiago de Cuba, 900 km ao leste de Havana, em consequência de um infarto, informou à AFP o opositor Elizardo Sánchez, que dirige Comissão Cubana de Direitos Humanos, considerada ilegal pelo governo.

Sánchez explicou que Cobas integrava o grupo de 20 detentos que estava em greve de fome há vários dias na penitenciária, "em protesto pelo caráter excludente do indulto".

"Sentiu os sintomas do infarto nos dias 30 e 31 de dezembro. Os médicos recomendaram que fosse levado para o hospital, mas os guardas não fizeram isto", denunciou o opositor, antes de afirmar que a Comissão suspeita estar diante de um caso de "morte evitável".

Um decreto publicado na semana passada do Diário Oficial determina um indulto "total e definitivo" de 2.991 réus. Raúl Castro anunciou na sexta-feira que também seriam indultados 86 presos estrangeiros, de 25 países, mas este decreto não foi publicado até o momento.

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Sánchez explicou que Cobas integrava o grupo de 20 detentos que estava em greve de fome há vários dias na penitenciária, "em protesto pelo caráter excludente do indulto".

"Sentiu os sintomas do infarto nos dias 30 e 31 de dezembro. Os médicos recomendaram que fosse levado para o hospital, mas os guardas não fizeram isto", denunciou o opositor, antes de afirmar que a Comissão suspeita estar diante de um caso de "morte evitável".

Um decreto publicado na semana passada do Diário Oficial determina um indulto "total e definitivo" de 2.991 réus. Raúl Castro anunciou na sexta-feira que também seriam indultados 86 presos estrangeiros, de 25 países, mas este decreto não foi publicado até o momento.

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