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Presidentes da China e EUA debaterão parceria contra EI

Cúpula que os presidentes vão fazer focará na luta antiterrorista e no aumento da cooperação contra o Estado Islâmico


	O presidente da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2013
 (Kevin Lamarque / Reuters)

O presidente da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2013 (Kevin Lamarque / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2014 às 08h31.

Pequim - A cúpula que os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Barack Obama, realizarão em Pequim no dia 12 de novembro focará na luta antiterrorista e no aumento da cooperação contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), informou nesta quarta-feira o jornal "South China Morning Post".

Pequim e Washington colocarão suas diferenças de lado para debater uma maior cooperação na troca de informação de inteligência e coordenarão medidas para bloquear o financiamento e a provisão de armas ao EI, que controla grandes áreas da Síria e Iraque, afirmam os analistas citados pelo periódico.

Segundo Bonnie Glaser, assessor para a Ásia do Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos de Washington, o Ministério das Relações Exteriores chinês já iniciou em junho contatos diretos com o Departamento de Estado americano para analisar a luta antiterrorista.

A última vez que EUA e China fizeram reuniões desse tipo foi em 2001, quando ambas as potências também mantinham grandes diferenças (na época pela interceptação de um avião de espionagem americano na ilha chinesa de Hainan) que foram deixadas de lado após os atentados do 11 de setembro.

Para Glaser, o fato de a China ter voltado a iniciar este tipo de conversas antiterroristas com os EUA reflete sua preocupação a respeito dos possíveis vínculos de grupos terroristas que operam dentro do país asiático com o EI.

A luta contra o vírus do ebola e a cooperação em matéria de mudança climática serão outros pontos importantes na agenda das reuniões, destacou o especialista em relações internacionais Jin Canrong, da Universidade Popular de Pequim.

O especialista chinês também destacou que ambas as partes estudarão medidas para identificar as redes de financiamento do EI e para tentar cortá-las, um tipo de cooperação similar ao que estabeleceram na luta contra o "terrorismo internacional" iniciada em 2001.

A imprensa oficial recomenda que a China continue à margem dos bombardeios aéreos da coalizão internacional contra o EI na Síria e no Iraque.

"Não há razões para que a China se uma ao Ocidente na guerra contra o EI, por mais que a imprensa ocidental peça, pois os interesses chineses no Oriente Médio são menores", destacava em um artigo de opinião o jornal "China Daily".

Em todo caso, o governo chinês vinculou este ano em várias ocasiões as redes jihadistas internacionais a vários atentados cometidos por grupos separatistas uigures, que operam principalmente na região noroeste chinesa de Xinjiang, e que, segundo Pequim, treinaram alguns de seus integrantes no exterior.

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