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Presidente francês faz reforma de seu governo

A saídado chefe da diplomacia, que presidirá o Conselho Constitucional, é a primeira mudança de uma remodelação que Hollande vem preparando há alguns meses

François Hollande: é esperado que mantenha as principais prioridades de seu governo, assim como seu primeiro-ministro, Manuel Valls (Carlos Barria/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2016 às 13h54.

O presidente socialista francês , François Hollande , muito impopular, segundo as pesquisas, anuncia nesta quinta-feira uma reforma de seu governo, para preparar as presidenciais de 2017.

A saída, anunciada na quarta-feira, do chefe da diplomacia, Laurent Fabius, que presidirá o Conselho Constitucional, é a primeira mudança de uma remodelação que Hollande vem preparando há alguns meses.

No entanto, é esperado que mantenha as principais prioridades de seu governo, assim como seu primeiro-ministro, Manuel Valls.

O chefe de Estado, com índices muito baixos de popularidade e criticado dentro de seu próprio campo sobre suas medidas econômicas e de segurança, precisará de um impulso se quiser buscar a reeleição em 2017.

"Ele tem que ampliar, seja como for, sua base política", assegura um de seus colaboradores mais próximos. "Não é possível abordar uma presidencial sem uma família socialista unida por trás de seu candidato nem sem os ecologistas", assegura.

Mas isto não será fácil. Parte dos socialistas estão descontentes com a chegada de Valls em 2014 e os ecologistas decidiram abandonar o governo.

O primeiro-ministro, considerado um liberal, foi criticado pelo setor mais esquerdista de seu partido por suas medidas a favor das empresas, mas também por sua mão dura após os atentados de 2015.

Símbolo da desunião, a Assembleia Nacional aprovou, na quarta-feira, um projeto de revisão da Constituição que inclui a polêmica medida de retirar a nacionalidade dos franceses condenados por terrorismo.

Somente 165 dos 287 deputados de esquerda votaram a favor do texto, que pôde ser aprovado com os votos da direita. A adotação da revisão constitucional ainda não é uma certeza, apesar de Hollande querer convertê-la em um símbolo da luta antiterrorista.

O presidente também enfrenta a pressão de alguns setores para organizar as primárias conjuntas de todos os partidos de esquerda, uma perspectiva que se complica com o anúncio, esta semana, da candidatura em 2017 de Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical.

"Não creio que facilite as coisas para a esquerda e os ecologistas", disse o porta-voz do governo, Stéphane Le Foll.

Sedução

Para ampliar a base política de seu novo governo, Hollande espera encontrar melhor sintonia com o Partido Radical de Esquerda, que já participa do governo e cujo líder, Jean-Michel Baylet, poderia obter um ministério.

Contudo, será mais difícil com os ecologistas. Seu enviado especial para a proteção do planeta, Nicolas Hulot, muito popular na França, recusou-se a entrar no governo.

Uma das principais incógnitas gira em torno de quem será o sucessor de Laurent Fabius no Ministério do Exterior. Nos últimos dias, circularam os nomes de Ségolène Royal, ex-companheira de Hollande, Jean-Marc Ayrault, ex-primeiro-ministro, e o do secretário de Estado Matthias Fekl.

É provável que Jean-Yves Le Drian, um amigo de Hollande, permaneça no cargo de ministro da Defesa, apesar de também ser presidente da região da Bretanha, contradizendo a norma que ele mesmo impôs sobre a impossibilidade de um governante ocupar mais de um cargo.

Depois de uma escalada espetacular após os atentados de novembro, Hollande voltou a cair nas pesquisas. Segundo números publicados nesta semana, cerca de 75% dos franceses consideram que sua reeleição em 2017 "não é desejável".

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No entanto, é esperado que mantenha as principais prioridades de seu governo, assim como seu primeiro-ministro, Manuel Valls.

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"Ele tem que ampliar, seja como for, sua base política", assegura um de seus colaboradores mais próximos. "Não é possível abordar uma presidencial sem uma família socialista unida por trás de seu candidato nem sem os ecologistas", assegura.

Mas isto não será fácil. Parte dos socialistas estão descontentes com a chegada de Valls em 2014 e os ecologistas decidiram abandonar o governo.

O primeiro-ministro, considerado um liberal, foi criticado pelo setor mais esquerdista de seu partido por suas medidas a favor das empresas, mas também por sua mão dura após os atentados de 2015.

Símbolo da desunião, a Assembleia Nacional aprovou, na quarta-feira, um projeto de revisão da Constituição que inclui a polêmica medida de retirar a nacionalidade dos franceses condenados por terrorismo.

Somente 165 dos 287 deputados de esquerda votaram a favor do texto, que pôde ser aprovado com os votos da direita. A adotação da revisão constitucional ainda não é uma certeza, apesar de Hollande querer convertê-la em um símbolo da luta antiterrorista.

O presidente também enfrenta a pressão de alguns setores para organizar as primárias conjuntas de todos os partidos de esquerda, uma perspectiva que se complica com o anúncio, esta semana, da candidatura em 2017 de Jean-Luc Mélenchon, da esquerda radical.

"Não creio que facilite as coisas para a esquerda e os ecologistas", disse o porta-voz do governo, Stéphane Le Foll.

Sedução

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Contudo, será mais difícil com os ecologistas. Seu enviado especial para a proteção do planeta, Nicolas Hulot, muito popular na França, recusou-se a entrar no governo.

Uma das principais incógnitas gira em torno de quem será o sucessor de Laurent Fabius no Ministério do Exterior. Nos últimos dias, circularam os nomes de Ségolène Royal, ex-companheira de Hollande, Jean-Marc Ayrault, ex-primeiro-ministro, e o do secretário de Estado Matthias Fekl.

É provável que Jean-Yves Le Drian, um amigo de Hollande, permaneça no cargo de ministro da Defesa, apesar de também ser presidente da região da Bretanha, contradizendo a norma que ele mesmo impôs sobre a impossibilidade de um governante ocupar mais de um cargo.

Depois de uma escalada espetacular após os atentados de novembro, Hollande voltou a cair nas pesquisas. Segundo números publicados nesta semana, cerca de 75% dos franceses consideram que sua reeleição em 2017 "não é desejável".

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