Presidente filipino decreta estado de calamidade
Tufão Haiyan atingiu o país entre a sexta-feira e o sábado e pode ter deixado mais de 10 mil mortos
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 19h28.
O presidente das Filipinas , Benigno Aquino, decretou hoje estado de calamidade em razão das mortes e da destruição causadas pelo tufão Haiyan, que atingiu o país entre a sexta-feira e o sábado e pode ter deixado mais de 10 mil mortos. A medida é uma tentativa do governo de evitar a especulação e impor um controle de preço aos bens de primeira necessidade em falta no país.
Segundo as autoridades filipinas, o número de pessoas afetadas chega a quase 9,7 milhões, dos quais 615 mil foram desalojadas. Cerca de 430 mil filipinos foram levados para 1,4 mil abrigos temporários.
Pelo menos uma dezena de aviões militares de carga dos Estados Unidos e das Filipinas chegaram hoje à cidade de Tacloban, na ilha de Leyte - região mais afetada pelo tufão, onde milhares andam pelas ruas em busca de água e comida. Segundo a Força Aérea Filipina, 66 toneladas de suprimentos foram distribuídas desde sábado.
"As pessoas estão perambulando pela cidade, procurando comida e água", disse Christopher Pedrosa, um funcionário da área assistencial do governo.
Caminhões que saem de aeroportos levando ajuda estão tendo dificuldades para entrar nas cidades em razão da grande quantidade de pessoas que tentam deixar as áreas mais destruídas.
Centenas de pessoas já partiram em aviões de carga para a capital, Manila, ou para Cebu, segunda maior cidade do país, e muitos outros dormem de modo precário nos aeroportos na esperança de conseguir entrar num voo nos próximos dias.
No fim de semana, foram registrados saques em mercados e em um shopping center. Segundo Pedrosa, na manhã de hoje soldados dispararam tiros de advertência para impedir que pessoas roubassem combustível de um posto. Uma presença maior de soldados e da polícia nas ruas cobertas de detritos também impediu que mais saques ocorressem.
Em algumas áreas, Coca-Cola foi distribuída de graça, já que era impossível encontrar água potável. As autoridades estão prevenindo os moradores para que não bebam água de poços, provavelmente poluída. Mas há um outro motivo para os saques terem diminuído: "Não sobrou nada para saquear", disse Pedrosa.
Um aviso escrito à mão colocado em um posto de polícia improvisado perto de uma loja de departamentos alertava para o toque de recolher das 8h às 17h.
Até agora, as autoridades confirmavam 1.744 mortes em todo o país. Entidades de ajuda humanitária que trabalham nos resgates, no entanto, mantém a previsão de milhares de mortos, já que muitas pessoas ainda podem estar debaixo de escombros. Segundo a Care, até a manhã de terça-feira no horário local (tarde de segunda-feira no Brasil), muitas áreas ainda estavam isoladas e não tinham recebido nenhum tipo de ajuda.
Também atuando na região, a Médicos Sem Fronteira (MSF) afirmou, em nota, não ser possível avaliar a dimensão das necessidades na região porque é muito difícil chegar às regiões mais remotas das ilhas Filipinas.
O presidente das Filipinas , Benigno Aquino, decretou hoje estado de calamidade em razão das mortes e da destruição causadas pelo tufão Haiyan, que atingiu o país entre a sexta-feira e o sábado e pode ter deixado mais de 10 mil mortos. A medida é uma tentativa do governo de evitar a especulação e impor um controle de preço aos bens de primeira necessidade em falta no país.
Segundo as autoridades filipinas, o número de pessoas afetadas chega a quase 9,7 milhões, dos quais 615 mil foram desalojadas. Cerca de 430 mil filipinos foram levados para 1,4 mil abrigos temporários.
Pelo menos uma dezena de aviões militares de carga dos Estados Unidos e das Filipinas chegaram hoje à cidade de Tacloban, na ilha de Leyte - região mais afetada pelo tufão, onde milhares andam pelas ruas em busca de água e comida. Segundo a Força Aérea Filipina, 66 toneladas de suprimentos foram distribuídas desde sábado.
"As pessoas estão perambulando pela cidade, procurando comida e água", disse Christopher Pedrosa, um funcionário da área assistencial do governo.
Caminhões que saem de aeroportos levando ajuda estão tendo dificuldades para entrar nas cidades em razão da grande quantidade de pessoas que tentam deixar as áreas mais destruídas.
Centenas de pessoas já partiram em aviões de carga para a capital, Manila, ou para Cebu, segunda maior cidade do país, e muitos outros dormem de modo precário nos aeroportos na esperança de conseguir entrar num voo nos próximos dias.
No fim de semana, foram registrados saques em mercados e em um shopping center. Segundo Pedrosa, na manhã de hoje soldados dispararam tiros de advertência para impedir que pessoas roubassem combustível de um posto. Uma presença maior de soldados e da polícia nas ruas cobertas de detritos também impediu que mais saques ocorressem.
Em algumas áreas, Coca-Cola foi distribuída de graça, já que era impossível encontrar água potável. As autoridades estão prevenindo os moradores para que não bebam água de poços, provavelmente poluída. Mas há um outro motivo para os saques terem diminuído: "Não sobrou nada para saquear", disse Pedrosa.
Um aviso escrito à mão colocado em um posto de polícia improvisado perto de uma loja de departamentos alertava para o toque de recolher das 8h às 17h.
Até agora, as autoridades confirmavam 1.744 mortes em todo o país. Entidades de ajuda humanitária que trabalham nos resgates, no entanto, mantém a previsão de milhares de mortos, já que muitas pessoas ainda podem estar debaixo de escombros. Segundo a Care, até a manhã de terça-feira no horário local (tarde de segunda-feira no Brasil), muitas áreas ainda estavam isoladas e não tinham recebido nenhum tipo de ajuda.
Também atuando na região, a Médicos Sem Fronteira (MSF) afirmou, em nota, não ser possível avaliar a dimensão das necessidades na região porque é muito difícil chegar às regiões mais remotas das ilhas Filipinas.