Presidente egípcio sanciona a nova Constituição
Presidente Mohamed Mursi espera que a nova Carta ajude a pôr fim à turbulência política e permita ao governo concentrar-se em medidas para recuperar a economia
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 08h15.
Cairo - A nova Constituição do Egito , de linha islamista, passou a vigorar como lei básica do país, após a sanção do presidente Mohamed Mursi, que espera que a nova Carta ajude a pôr fim à turbulência política e permita ao governo concentrar-se em medidas para recuperar a fragilizada economia.
O medo do agravamento da crise econômica tomou conta do Egito nas últimas semanas, levando muitas pessoas a sacar às pressas suas poupanças dos bancos. O governo impôs novas restrições para conter a fuga de capital do país.
Os resultados da apuração da votação no referendo, divulgados na terça-feira, mostraram que 63,8 por cento dos egípicios --uma grande maioria-- aprovaram a Constituição. Como consequência, haverá uma eleição parlamentar em cerca de dois meses.
A vitória dá aos islamitas sua terceira conquista eleitoral seguida desde a derrubada do poder do veterano autocrata Hosni Mubarak, na revolução de 2011. Eles também foram os vencedores das eleições parlamentares e presidenciais, as quais levaram Mursi ao poder.
A Presidência informou que Mursi assinou na noite de terça-feira um decreto endossando a nova Carta, após o anúncio oficial do resultado do referendo que aprovou a lei básica, primeira Constituição do Egito desde a queda de Mubarak.
O texto provocou uma profunda divisão no Egito, a nação mais populosa do mundo árabe, e desencadeou com frequência protestos violentos nas ruas do Cairo.
Grupos de oposição criticam a nova Constituição, que consideram antidemocrática e excessivamente islamista, e dizem ainda que ela abre caminho para que clérigos intervenham no processo legislativo e deixa os grupos minoritários sem adequada proteção legal.
Mas Mursi, levado ao poder graças ao apoio de seus aliados islamistas, acredita que a adoção do texto seja peça fundamental para pôr fim a um um longo período de turbulência e de incertezas que tem destruído a economia.
Ele argumenta que a Constituição garante proteção suficiente para todos os grupos e que a maioria dos egípcios está cansada de protestos de rua que têm impedido o retorno à normalidade e desviado o governo da questão econômica.
A atmosfera de crise ganhou força no Egito desde a votação. Muita gente corre para tirar dinheiro de suas contas correntes e da poupança, preferindo acumular moeda forte em casa.
Os receios da população aumentaram depois que as autoridades impuseram um controle sobre as divisas para evitar a fuga de capitais. Agora é proibido entrar ou sair do Egito com mais de 10 mil dólares.
Abalada com frequência por protestos na fase que antecedeu os dois turnos do referendo, a capital estava tranquila nesta quarta-feira. Apenas um pequeno grupo de manifestantes queimou pneus durante a noite no Cairo.
O governo de Mursi diz que seus adversários estão prejudicando a economia ao prolongar a agitação política. Ele se comprometeu com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a impor aumentos de impostos e cortes de gastos, medidas impopulares, para obter um pacote de empréstimos.
Somando-se à longa lista de preocupações do governo, o ministro das Comunicações, Hany Mahmoud, renunciou ao cargo, alegando "incapacidade de adaptar-se à cultura de trabalho do governo".
Cairo - A nova Constituição do Egito , de linha islamista, passou a vigorar como lei básica do país, após a sanção do presidente Mohamed Mursi, que espera que a nova Carta ajude a pôr fim à turbulência política e permita ao governo concentrar-se em medidas para recuperar a fragilizada economia.
O medo do agravamento da crise econômica tomou conta do Egito nas últimas semanas, levando muitas pessoas a sacar às pressas suas poupanças dos bancos. O governo impôs novas restrições para conter a fuga de capital do país.
Os resultados da apuração da votação no referendo, divulgados na terça-feira, mostraram que 63,8 por cento dos egípicios --uma grande maioria-- aprovaram a Constituição. Como consequência, haverá uma eleição parlamentar em cerca de dois meses.
A vitória dá aos islamitas sua terceira conquista eleitoral seguida desde a derrubada do poder do veterano autocrata Hosni Mubarak, na revolução de 2011. Eles também foram os vencedores das eleições parlamentares e presidenciais, as quais levaram Mursi ao poder.
A Presidência informou que Mursi assinou na noite de terça-feira um decreto endossando a nova Carta, após o anúncio oficial do resultado do referendo que aprovou a lei básica, primeira Constituição do Egito desde a queda de Mubarak.
O texto provocou uma profunda divisão no Egito, a nação mais populosa do mundo árabe, e desencadeou com frequência protestos violentos nas ruas do Cairo.
Grupos de oposição criticam a nova Constituição, que consideram antidemocrática e excessivamente islamista, e dizem ainda que ela abre caminho para que clérigos intervenham no processo legislativo e deixa os grupos minoritários sem adequada proteção legal.
Mas Mursi, levado ao poder graças ao apoio de seus aliados islamistas, acredita que a adoção do texto seja peça fundamental para pôr fim a um um longo período de turbulência e de incertezas que tem destruído a economia.
Ele argumenta que a Constituição garante proteção suficiente para todos os grupos e que a maioria dos egípcios está cansada de protestos de rua que têm impedido o retorno à normalidade e desviado o governo da questão econômica.
A atmosfera de crise ganhou força no Egito desde a votação. Muita gente corre para tirar dinheiro de suas contas correntes e da poupança, preferindo acumular moeda forte em casa.
Os receios da população aumentaram depois que as autoridades impuseram um controle sobre as divisas para evitar a fuga de capitais. Agora é proibido entrar ou sair do Egito com mais de 10 mil dólares.
Abalada com frequência por protestos na fase que antecedeu os dois turnos do referendo, a capital estava tranquila nesta quarta-feira. Apenas um pequeno grupo de manifestantes queimou pneus durante a noite no Cairo.
O governo de Mursi diz que seus adversários estão prejudicando a economia ao prolongar a agitação política. Ele se comprometeu com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a impor aumentos de impostos e cortes de gastos, medidas impopulares, para obter um pacote de empréstimos.
Somando-se à longa lista de preocupações do governo, o ministro das Comunicações, Hany Mahmoud, renunciou ao cargo, alegando "incapacidade de adaptar-se à cultura de trabalho do governo".