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Presidente do Irã é lobo em pele de cordeiro, diz Netanyahu

Primeiro-ministro declarou na ONU que Israel está preparado para agir sozinho para impedir que o Irã possua uma arma atômica

Primeiro-ministro de israel, Benjamin Netanyahu, discursa na 68ª Assembleia Geral da ONU em Nova York (Andrew Gombert/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 17h26.

Nações Unidas - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou a ofensiva diplomática do novo presidente iraniano como um artifício tramado por "um lobo em pele de cordeiro" e declarou que Israel está preparado para agir sozinho para impedir que o Irã possua uma arma atômica.

Num pronunciamento contundente na Assembleia-Geral da ONU, Netanyahu falou de modo duro sobre o novo presidente do Irã, o centrista Hassan Rouhani, que fez gestos diplomáticos de abertura em relação aos Estados Unidos e falou na semana passada pelo telefone com o presidente norte-americano, Barack Obama.

"Rouhani não parece com Ahmadinejad", disse Netanyahu, referindo-se ao presidente linha-dura, antecessor de Rouhani, Mahmoud Ahmadinejad.

"Mas quando se trata do programa nuclear do Irã, a única diferença entre eles é esta: Ahmadinejad era um lobo em pele de lobo, Rouhani é um lobo em pele de cordeiro, um lobo que pensa que pode cobrir com lã os olhos da comunidade internacional", acrescentou Netanyahu.

O discurso de Netanyahu refletiu os temores israelenses de que os emergentes sinais do que poderia tornar-se uma reaproximação entre o Irã e os EUA talvez conduzam a um alívio prematuro da pressão internacional destinada a impedir que os iranianos tenham os meios de fabricar uma bomba atômica.

"Não reduzam a pressão", disse Netanyahu, acrescentando que o único acordo passível de ser feito com Rouhani seria aquele que "desmantelasse integralmente o programa de armas nucleares do Irã".

Os Estados Unidos, Israel e outros países acusam o Irã de usar seu programa nuclear para tentar desenvolver armas nucleares. O Irã diz que seu programa tem somente finalidades pacíficas de produção de energia.

"Quero que não haja nenhuma confusão neste ponto. Israel não permitirá que o Irã tenha armas nucleares. Se Israel for forçado a ficar sozinho, Israel ficará sozinho. Ainda assim, ao ficar sozinho, Israel saberá que estará defendendo muitos, muitos outros", afirmou Netanyahu.

Rouhani liderou uma ofensiva diplomática na Assembleia-Geral da ONU na semana passada, e agora o Irã e os EUA, antigos adversários, se preparam para renovar conversações sobre o programa nuclear iraniano.

Em resposta ao pronunciamento de Netanyahu, um representante da delegação iraniana na ONU, Khodadad Seifi, rejeitou a alegação israelense e disse à Assembleia-Geral, que congrega 193 países, que o Irã está "integralmente comprometido" com suas obrigações de não-proliferação nuclear.

"Todas as atividades nucleares iranianas são e sempre foram exclusivamente para finalidades pacíficas", disse ele. "O Irã continua a cooperar integralmente com a AIEA (Agência Internacional de Energia Nuclear)", declarou, referindo-se à agência da ONU de supervisão nuclear, com sede em Viena.

Netanyahu afirmou que o programa nuclear do Irã prossegue numa "ampla e febril velocidade" desde a eleição de Rouhani, em junho.

"Como todos os demais, eu gostaria que nós pudéssemos acreditar nas palavras de Rouhani, mas temos de focar na ação do Irã", afirmou o primeiro-ministro israelense, acrescentando que as sanções deveriam ser reforçadas se os iranianos prosseguirem com seus projetos nucleares durante as negociações com as potências mundiais.

Na terça-feira, Netanyahu deixou claro que Israel -- país que é considerado o único com um arsenal atômico no Oriente Médio -- está preparado para recorrer à ação militar unilateral contra o Irã se a diplomacia não trouxer resultados.

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Num pronunciamento contundente na Assembleia-Geral da ONU, Netanyahu falou de modo duro sobre o novo presidente do Irã, o centrista Hassan Rouhani, que fez gestos diplomáticos de abertura em relação aos Estados Unidos e falou na semana passada pelo telefone com o presidente norte-americano, Barack Obama.

"Rouhani não parece com Ahmadinejad", disse Netanyahu, referindo-se ao presidente linha-dura, antecessor de Rouhani, Mahmoud Ahmadinejad.

"Mas quando se trata do programa nuclear do Irã, a única diferença entre eles é esta: Ahmadinejad era um lobo em pele de lobo, Rouhani é um lobo em pele de cordeiro, um lobo que pensa que pode cobrir com lã os olhos da comunidade internacional", acrescentou Netanyahu.

O discurso de Netanyahu refletiu os temores israelenses de que os emergentes sinais do que poderia tornar-se uma reaproximação entre o Irã e os EUA talvez conduzam a um alívio prematuro da pressão internacional destinada a impedir que os iranianos tenham os meios de fabricar uma bomba atômica.

"Não reduzam a pressão", disse Netanyahu, acrescentando que o único acordo passível de ser feito com Rouhani seria aquele que "desmantelasse integralmente o programa de armas nucleares do Irã".

Os Estados Unidos, Israel e outros países acusam o Irã de usar seu programa nuclear para tentar desenvolver armas nucleares. O Irã diz que seu programa tem somente finalidades pacíficas de produção de energia.

"Quero que não haja nenhuma confusão neste ponto. Israel não permitirá que o Irã tenha armas nucleares. Se Israel for forçado a ficar sozinho, Israel ficará sozinho. Ainda assim, ao ficar sozinho, Israel saberá que estará defendendo muitos, muitos outros", afirmou Netanyahu.

Rouhani liderou uma ofensiva diplomática na Assembleia-Geral da ONU na semana passada, e agora o Irã e os EUA, antigos adversários, se preparam para renovar conversações sobre o programa nuclear iraniano.

Em resposta ao pronunciamento de Netanyahu, um representante da delegação iraniana na ONU, Khodadad Seifi, rejeitou a alegação israelense e disse à Assembleia-Geral, que congrega 193 países, que o Irã está "integralmente comprometido" com suas obrigações de não-proliferação nuclear.

"Todas as atividades nucleares iranianas são e sempre foram exclusivamente para finalidades pacíficas", disse ele. "O Irã continua a cooperar integralmente com a AIEA (Agência Internacional de Energia Nuclear)", declarou, referindo-se à agência da ONU de supervisão nuclear, com sede em Viena.

Netanyahu afirmou que o programa nuclear do Irã prossegue numa "ampla e febril velocidade" desde a eleição de Rouhani, em junho.

"Como todos os demais, eu gostaria que nós pudéssemos acreditar nas palavras de Rouhani, mas temos de focar na ação do Irã", afirmou o primeiro-ministro israelense, acrescentando que as sanções deveriam ser reforçadas se os iranianos prosseguirem com seus projetos nucleares durante as negociações com as potências mundiais.

Na terça-feira, Netanyahu deixou claro que Israel -- país que é considerado o único com um arsenal atômico no Oriente Médio -- está preparado para recorrer à ação militar unilateral contra o Irã se a diplomacia não trouxer resultados.

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