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Presidente do Iêmen assina acordo de transferência de poder

Ali Abddulah Saleh entregou o poder ao vice-presidente em troca de imunidade para sua família

Manifestantes opostos a Saleh comemoram: ditador vai deixar o poder em 90 dias (Mohammed Huwais/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 16h17.

Riad - O presidente iemenita, Ali Abddulah Saleh, assinou nesta quarta-feira em Riad um acordo de transferência de poder em uma cerimônia acompanhada pelo rei da Arábia Saudita, Abdullah Ben Abdel Aziz.

Saleh se recusava desde abril a assinar o plano das monarquias do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) para resolver a crise do país.

Uma transmissão ao vivo feita pela TV estatal saudita mostrou Saleh ao assinar o acordo no palácio real de Riad, assistido por membros da oposição iemenita, assim como pelo rei Abdullah e chanceleres do Golfo.

Representantes do partido governista e da oposição no Iêmen também assinaram o documento que tem como objetivo acabar com 10 meses de violência no país.

Pelo acordo, que Saleh hesitou em assinar por meses apesar da intensa pressão doméstica e internacional, o líder há 33 anos no poder entrega seus poderes ao vice-presidente Abdrabuh Mansur Hadi, em troca de imunidade para ele e sua família, permencendo por 90 dias como presidente honorário.

"Hoje, uma nova página da nossa história se inicia", disse o rei saudita às delegações iemenitas presentes durante a assinatura do acordo.

Saleh viajará a Nova York para receber tratamento médico, informou nesta quarta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Ban afirmou que "a evolução positiva da situação no Iêmen é promissora" e que Saleh declarou em uma conversa por telefone que não renunciaria ao cargo de presidente, mas que iria aos Estados Unidos para receber tratamento médico.

"Me disse que chegará para receber tratamento médico (após sofrer um atentado no qual ficou com lesões no rosto), imediatamente depois de assinar seu acordo" e que "viria a Nova York para se submeter a tratamento médico", disse Ban.

O chefe da ONU afirmou que Saleh pediu que "a missão da ONU desse o apoio necessário" no processo de transição.

"Eu disse a ele que as Nações Unidas não economizarão esforços e que, como secretário-geral da ONU, farei todo o possível para mobilizar os recursos necessários e o apoio para que a paz, a estabilidade e a ordem democrática seja restaurada no Iêmen", afirmou.

Os Estados Unidos comemoraram o acordo, afirmando que este é um "passo significativo".

"Os Estaods Unidos aplaudem o governo iemenita e a oposição por chegar a um acordo para uma transição pacífica e organizada do poder", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner. O acordo marca "um passo significativo para o povo iemenita", completou.

Saleh, cujo mandato acabava no fim de 2013, é acusado de corrupção e de nepotismo por seus detratores.

* Matéria atualizada às 17h19

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Riad - O presidente iemenita, Ali Abddulah Saleh, assinou nesta quarta-feira em Riad um acordo de transferência de poder em uma cerimônia acompanhada pelo rei da Arábia Saudita, Abdullah Ben Abdel Aziz.

Saleh se recusava desde abril a assinar o plano das monarquias do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) para resolver a crise do país.

Uma transmissão ao vivo feita pela TV estatal saudita mostrou Saleh ao assinar o acordo no palácio real de Riad, assistido por membros da oposição iemenita, assim como pelo rei Abdullah e chanceleres do Golfo.

Representantes do partido governista e da oposição no Iêmen também assinaram o documento que tem como objetivo acabar com 10 meses de violência no país.

Pelo acordo, que Saleh hesitou em assinar por meses apesar da intensa pressão doméstica e internacional, o líder há 33 anos no poder entrega seus poderes ao vice-presidente Abdrabuh Mansur Hadi, em troca de imunidade para ele e sua família, permencendo por 90 dias como presidente honorário.

"Hoje, uma nova página da nossa história se inicia", disse o rei saudita às delegações iemenitas presentes durante a assinatura do acordo.

Saleh viajará a Nova York para receber tratamento médico, informou nesta quarta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Ban afirmou que "a evolução positiva da situação no Iêmen é promissora" e que Saleh declarou em uma conversa por telefone que não renunciaria ao cargo de presidente, mas que iria aos Estados Unidos para receber tratamento médico.

"Me disse que chegará para receber tratamento médico (após sofrer um atentado no qual ficou com lesões no rosto), imediatamente depois de assinar seu acordo" e que "viria a Nova York para se submeter a tratamento médico", disse Ban.

O chefe da ONU afirmou que Saleh pediu que "a missão da ONU desse o apoio necessário" no processo de transição.

"Eu disse a ele que as Nações Unidas não economizarão esforços e que, como secretário-geral da ONU, farei todo o possível para mobilizar os recursos necessários e o apoio para que a paz, a estabilidade e a ordem democrática seja restaurada no Iêmen", afirmou.

Os Estados Unidos comemoraram o acordo, afirmando que este é um "passo significativo".

"Os Estaods Unidos aplaudem o governo iemenita e a oposição por chegar a um acordo para uma transição pacífica e organizada do poder", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner. O acordo marca "um passo significativo para o povo iemenita", completou.

Saleh, cujo mandato acabava no fim de 2013, é acusado de corrupção e de nepotismo por seus detratores.

* Matéria atualizada às 17h19

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