Mundo

Presidente do Eurogrupo diz que jamais aceitará 2 grupos do euro

Juncker afirmou que 'não quer muros' entre os 27 Estados-membros da União Europeia nem entre os 17 países da zona do euro

Juncker: 'se convencermos os mercados financeiros que não aceitaremos a destruição do euro por sua mera vontade, ganharemos a batalha' (Kai Pfaffenbach/AFP)

Juncker: 'se convencermos os mercados financeiros que não aceitaremos a destruição do euro por sua mera vontade, ganharemos a batalha' (Kai Pfaffenbach/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2011 às 09h53.

Lisboa - O presidente do Eurogrupo e primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, declarou que 'jamais aceitará dois grupos dentro do euro' e avaliou que 'os ataques à dívida italiana' não se justificam.

Em entrevista publicada nesta sexta-feira simultaneamente no 'Jornal de Negócios', no 'Público' e no 'Diário de Notícias', Juncker afirmou que 'não quer muros' entre os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) nem entre os 17 países da zona do euro e fez um apelo por uma atuação 'vigorosa e forte' para lutar contra a crise.

'Se convencermos os mercados financeiros que não aceitaremos a destruição do euro por sua mera vontade, ganharemos a batalha', previu o dirigente, que destacou que, para sua geração, o projeto do euro continua sendo 'um meio de assegurar a paz'.

'A Europa não é dirigida pela senhora Merkel e pelo senhor Sarkozy. Somos 17, não somos dois', especificou, alertando que a região 'está ardendo e nem todo o mundo tem noção disso'.

Com relação à delicada situação da Itália, explicou que o país foi 'erroneamente' colocado 'no epicentro de um desafio global' e indicou que a reestruturação de sua dívida é 'diferente' da Grécia.

'A poupança privada é muito elevada. A Itália é um país muito mais industrializado do que a Grécia e é um país rico com uma economia aberta ao mundo', expôs.

A Itália tem 'um problema de credibilidade' que está em 'vias de resolução', concluiu o primeiro-ministro de Luxemburgo.

Juncker concedeu a entrevista durante sua visita a Lisboa na última quarta-feira, quando se reuniu com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, e deu uma conferência sobre a situação do euro. 

Acompanhe tudo sobre:Crises em empresasEuropaUnião Europeia

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA