Cairo - O presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), Burhan Galion, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia após as críticas que recebeu por sua reeleição, que ocorreu há dois dias em Roma, na Itália.

O Conselho é o principal grupo da oposição síria no exílio. Em comunicado, Galion lembrou que "os resultados da votação causaram reações contrárias e críticas", por isso optou por se retirar, já que não quer ser "o candidato da divisão".

Galion, 67 anos, assegurou que "não sente apego ao posto" e que deixará o cargo assim que for eleito um novo presidente.

Apesar desta decisão, Galion disse que seguirá trabalhando "a favor da revolução" e expressou sua vontade de como membro do CNS cooperar com os jovens revolucionários pela "dignidade e a liberdade até conseguir a vitória".

Galion fez uma chamada para a "oposição e todas suas facções se reunirem o mais rápido possível para chegar a um acordo sobre a unidade de ação nacional e com isso sair da espiral de disputas e divisões".

Pouco antes de sua renúncia, os opositores Comitês de Coordenação Local anunciaram que suspenderam sua participação no CNS em protesto pela reeleição de Galion.

Em comunicado, os Comitês afirmaram que nos últimos meses o CNS sofreu "uma clara incapacidade política" e não buscou o consenso com os movimentos revolucionários.

A criação do CNS foi anunciada em 2 de outubro de 2011, em Istambul, na Turquia, após dois meses de preparação. O CNS é composto por uma diretoria com sete membros, além de uma secretaria-geral formada por 29 pessoas e uma assembleia geral com 200 integrantes.