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Presidente da Suprema Corte das Filipinas crítica a Duterte é destituída

Após a destituição da presidente da Suprema Corte das Filipinas cerca de 2 mil manifestantes protestaram em frente ao tribunal

Sereno: a ex-presidente da Suprema Corte das Filipinas sempre criticou a política de drogas de Duterte (Dondi Tawatao/Reuters)

Sereno: a ex-presidente da Suprema Corte das Filipinas sempre criticou a política de drogas de Duterte (Dondi Tawatao/Reuters)

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AFP

Publicado em 11 de maio de 2018 às 10h18.

Os juízes da Suprema Corte das Filipinas votaram nesta sexta-feira a destituição de sua presidente, uma voz crítica da violenta campanha contra as drogas do presidente Rodrigo Duterte e de sua atuação na área dos direitos humanos.

Após o anúncio da decisão contra Maria Lourdes Sereno, quase 2.000 manifestantes se reuniram diante do tribunal para denunciar as ameaças contra a democracia.

Maria Lourdes Sereno, primeira mulher a presidir a Suprema Corte, é mais uma personalidade a sofrer represálias por criticar Duterte.

Ela foi destituída por oito votos contra seis, anunciou Theodore Te, porta-voz do tribunal.

"A senhora Sereno está desqualificada e é culpada de exercer ilegalmente a presidência da Suprema Corte Suprema", disse.

"A decisão pode ser executada imediatamente, sem que a Corte tenha a necessidade de adotar medidas adicionais", completou.

A Suprema Corte acusa Sereno de não ter apresentados declarações de seus ativos e passivos nos últimos anos, o que ela nega categoricamente.

Sereno enfrenta ainda um procedimento de impeachment, ou seja, uma acusação na Câmara de Representantes.

Ela prometeu lutar contra o procedimento, no qual os deputados votariam sobre a acusação e o envio da questão ao Senado, responsável pelo julgamento.

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