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Presidente da Constituinte culpa oposição por sanções dos EUA

A medida, anunciada hoje pela Casa Branca, proíbe "negociações sobre novas dívidas e títulos emitidos pelo governo da Venezuela"

Delcy Rodríguez: "Pediram a intervenção do país, pediram sanções financeiras, e seu amo imperial está dando esse presente" (Marco Bello/Reuters)
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EFE

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 16h19.

Caracas - A presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, a ex-chanceler Delcy Rodríguez, culpou nesta sexta-feira os líderes opositores pelas novas sanções financeiras impostas pelo governo dos Estados Unidos ao país e que afetam também a companhia petroleira estatal PDVSA.

"Pediram a intervenção do país, pediram sanções financeiras, e seu amo imperial está dando esse presente, que é o de prejudicar o povo da Venezuela", disse Rodríguez em um ato de homenagem a policiais em Caracas.

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A medida, anunciada hoje pela Casa Branca em um comunicado, proíbe "negociações sobre novas dívidas e títulos emitidos pelo governo da Venezuela e por sua companhia petroleira estatal". Além disso, proíbe as "negociações com certos bônus existentes do setor público venezuelano, bem como pagamentos de dividendos ao governo da Venezuela".

A ex-chanceler criticou diretamente os deputados opositores Julio Borges, Freddy Guevara e Henry Ramos Allup, presidente, vice-presidente e ex-presidente do Parlamento venezuelano, respectivamente, alegando "que o único que pedem é a intervenção da Venezuela para prejudicar".

"Eles o pediram por escrito, iam de forma regular a Washington, foram ao Pentágono para pedir a intervenção militar da Venezuela e pediram também o bloqueio financeiro", disse.

Rodríguez lembrou que a Comissão da Verdade criada pela ANC, um órgão integrado unicamente por governistas e visto como fraudulento por boa parte da comunidade internacional, está investigando Borges "por todas as suas ações dirigidas ao bloqueio financeiro da Venezuela".

"Querem nos agredir pela economia (...) acreditam que, asfixiando a economia venezuelana, o povo vai se entregar", alegou Rodríguez, citando a tese da "guerra econômica" defendida pelo presidente do país, Nicolás Maduro, para explicar a crise, pela qual acusa empresários e opositores.

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