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Presidente da Câmara dos EUA ataca membros do Partido Repúblicano após ameaça de destituição

Parlamentar republicano relatou que Kevin McCarthy saiu energicamente de uma reunião após brigas com dissidentes da legenda

McCarthy: presidente da Câmara dos EUA também defende a renúncia de Joe Biden (Alex Wong/Getty Images)

McCarthy: presidente da Câmara dos EUA também defende a renúncia de Joe Biden (Alex Wong/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 14 de setembro de 2023 às 15h12.

O presidente da Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, o deputado republicano Kevin McCarthy, saiu energicamente de uma reunião a portas fechadas contra os dissidentes da legenda que desafiavam a sua autoridade com ameaça de realizar votações para destituí-lo do posto de líder na Casa legislativa.

Um parlamentar republicano presente no encontro disse que McCarthy afirmou aos companheiros da Câmara: "Vocês acham que estou com medo de uma moção para perder o posto?. Outro parlamentar, o deputado republicano Darrell Issa, confirmou que McCarthy disse que não tinha medo de um desafio e foi aplaudido de pé por sua postura.

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Em entrevista aos repórteres após a reunião, McCarthy disse que "demonstrou frustração" porque estava "decepcionado com algumas pessoas" devido a recentes obstruções em tramitações.

McCarthy apresentou esta semana um plano para avançar em propostas sobre gastos e em um acordo de curto prazo que manteria o financiamento do governo dos Estados Unidos após 30 de setembro, quando termina o ano fiscal. A continuidade dessa resolução no curto prazo daria aos republicanos mais tempo para aprovarem suas leis orçamentárias e, posteriormente, chegarem a um acordo para o ano inteiro com o Senado controlado pelos democratas.

Mas os dissidentes do Partido Republicano criaram obstáculos para o plano, dizendo que precisavam ouvir mais detalhes, reiterando preocupações sobre os déficits, a segurança das fronteiras e o financiamento da Ucrânia.

Os comentários de McCarthy vieram depois que o deputado Matt Gaetz, do mesmo partido, foi ao plenário da Câmara esta semana para dizer que tentaria remover McCarthy do cargo de presidente da casa legislativa, se ele sugerir uma resolução insatisfatória no plenário. A medida processual, conhecida como moção de remoção do cargo, paira sobre a cabeça de McCarthy desde que ele fechou um acordo com um grupo insurgente que o elevou ao cargo de líder no início deste ano.

McCarthy criticou Gaetz, alegando que está fazendo ameaças para tentar influenciar uma investigação em andamento do Comitê de Ética contra ele. Gaetz rejeitou as afirmações.

Com uma pequena maioria, McCarthy teve de cancelar uma votação esta semana sobre um projeto de lei anual sobre gastos com defesa de US$ 826,45 bilhões que inclui um aumento salarial de 5 2% para os militares e prevê um relevante impulso ao pagamento inicial a novos recrutas.

O Congresso tem pouco mais de duas semanas para tratar da questão do financiamento do governo, porque a atual lei vence após 30 de setembro. Até agora, a Câmara liderada pelo Partido Republicano aprovou apenas um dos 12 projetos de lei de dotações. McCarthy tinha apresentado no início desta semana um plano segundo o qual a Câmara aprovaria um pacote de três projetos de lei orientados para a segurança nacional, numa tentativa de se unir em torno de prioridades que pudessem resistir à oposição do Senado. Mas a tentativa fracassou diante da oposição de conservadores. Os parlamentares calculam nos bastidores que há 75% de chance de uma paralisação das atividades do governo.

McCarthy disse que o Congresso faria uma pausa no fim da semana, com os feriados judaicos que começam na sexta-feira. Mas o parlamentar disse que a Câmara funcionaria sem parar na retomada de suas atividades.

"Voltaremos na próxima semana e não iremos embora até terminarmos este trabalho", disse McCarthy aos repórteres.

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