Presidente chinês pede "transição suave" na relação com os EUA
Trump, por sua vez, acusou país de ser um manipulador de moeda e prometeu colocar grandes tarifas em produtos importados da China
Reuters
Publicado em 20 de novembro de 2016 às 11h32.
Última atualização em 20 de novembro de 2016 às 11h34.
Lima - O presidente chinês , Xi Jinping, pediu no sábado uma "transição suave" no relacionamento entre a China e os Estados Unidos e elogiou o presidente norte-americano Barack Obama por fortalecer os laços entre as duas nações.
Durante reunião no Peru, Obama pediu novamente a todos os lados envolvidos na disputa pelo Mar do Sul da China para que reduzam as tensões e resolvam a questão pacificamente.
Ele também encorajou a China a avançar nas reformas econômicas, incluindo a transição para uma taxa de câmbio determinada pelo mercado.
O encontro às margens de um fórum da Ásia-Pacífico deverá ser o último entre os dois líderes antes de o presidente eleito Donald Trump assumir a Casa Branca. Trump tem sido extremamente crítico à China.
"Nós nos encontramos em um momento de articulação no relacionamento China-EUA", disse Xi no início da reunião, por meio de um intérprete.
"Espero que ambos os lados trabalhem juntos para se concentrarem na cooperação, gerenciar nossas diferenças e garantir que haja uma transição suave na relação e que ela continue a crescer no futuro", disse ele.
Trump, que é republicano, acusou a China de ser um manipulador de moeda e prometeu colocar grandes tarifas em produtos importados da China. Ele chamou a mudança climática de "embuste" projetado para ajudar Pequim.
Obama e Xi pressionaram por um acordo internacional forjado em Paris para combater o aquecimento global, o que Obama chamou de exemplo de benefícios do trabalho conjunto dos dois países.
"Agora, temos o trabalho de garantir que nossas economias passem a ser mais sustentáveis", disse ele.
(Reportagem adicional de Paul Carsten, em Pequim)