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Premiê tailandesa insiste em eleições para resolver crise

Yingluck Shinawatra pediu aos manifestantes mobilizados contra ela há mais de dois meses que a crise política seja solucionada através de eleições

A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra: Yingluck convocou eleições legislativas antecipadas para 2 de fevereiro (AFP)

A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra: Yingluck convocou eleições legislativas antecipadas para 2 de fevereiro (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 10h05.

Bangcoc - A primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, pediu nesta quarta-feira aos manifestantes mobilizados contra ela há mais de dois meses que a crise política seja solucionada através de eleições.

Yingluck, que convocou eleições legislativas antecipadas para 2 de fevereiro, numa tentativa de aplacar a situação em que se encontra o país, organizou nesta quarta-feira uma reunião para evocar um possível adiamento da votação, mas os membros da comissão eleitoral independente e do Partido Democrata, principal de oposição, se negaram a participar.

Também nesta quarta-feira, um homem e uma mulher ficaram levemente feridos depois de serem baleados durante uma manifestação contra o governo em Bangcoc, informaram autoridades tailandesas.

Este é o terceiro dia da operação de "paralisia" da capital, que tem por objetivo derrubar a primeira-ministra.

Depois de ter ocupado vários ministérios e a sede do governo nas últimas semanas, os manifestantes lançaram na segunda-feira uma operação de paralisia em Bangcoc, e estão bloqueando os principais cruzamentos da capital para aumentar a pressão sobre o Executivo.

Os manifestantes querem substituir o governo por um "conselho do povo" não eleito, em uma tentativa de se livrar do que chamam de "sistema Thaksin", nome do irmão de Yinglyck, que é odiado por eles.

O ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe militar em 2006, mesmo no exílio continua sendo um fator de divisão entre o povo tailandês.

Enquanto as massas desfavorecidas do norte e nordeste do país o adoram, as elites de Bangcoc, próximas ao palácio real, o veem como uma ameaça para a monarquia.

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