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Premiê interino italiano abre porta para possível governo de M5S e Liga

Carlo Cottarelli, que é um tecnocrata, disse nesta quarta (30) que possibilidades haviam surgido "para o nascimento de um governo político"

Itália: M5S pediu para a Liga abandonar insistência de ter Paolo Savona como ministro das Finanças, para que os dois partidos possam ressuscitar a tentativa de governo (bindalfrodo/Flickr)

Itália: M5S pediu para a Liga abandonar insistência de ter Paolo Savona como ministro das Finanças, para que os dois partidos possam ressuscitar a tentativa de governo (bindalfrodo/Flickr)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2018 às 22h21.

Última atualização em 30 de maio de 2018 às 22h22.

Os dois principais partidos anti-establishment da Itália ainda podem formar um governo, após o homem nomeado como primeiro-ministro interino dizer que políticos, ao invés de tecnocratas como ele, podem conseguir tirar o país de um impasse.

O desenvolvimento desta quarta-feira aconteceu após mercados financeiros se acalmarem após alvoroço no dia anterior.

A crise começou quando o Movimento 5 Estrelas e a Liga abandonaram o plano de formar uma coalizão após o chefe de Estado vetar a escolha do economista eurocético Paolo Savona, de 81 anos, para ministro das Finanças.

Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro interino Carlo Cottarelli disse que possibilidades haviam surgido "para o nascimento de um governo político" e que o tumulto nos mercados financeiros e outras circunstâncias "fizeram com que eu aguardasse mais desenvolvimentos".

Uma fonte próxima ao presidente Sergio Mattarella, que vetou Savona como ministro das Finanças e nomeou Cottarelli para formar um governo para supervisionar novas eleições em torno do final do ano, disse que os dois homens haviam "decidido juntos não correr com as coisas, para favorecer um possível governo político".

Luigi Di Maio, chefe do Movimento 5 Estrelas, que emergiu das eleições inconclusivas de março como maior partido no Parlamento, pediu para a Liga abandonar sua insistência de Savona como ministro das Finanças, para que os dois partidos pudessem ressuscitar a tentativa de governar juntos.

"Encontremos outra pessoa do mesmo calibre de Savona, que ainda irá permanecer no governo em outro ministério", disse Di Maio no Facebook após encontro com Mattarella.

Mattarella elogiou a proposta, de acordo com sua equipe. O líder da Liga, Matteo Salvini, que está crescendo em pesquisas de opinião, aparentou estar apático com a ideia, mas não a descartou.

"Eu espero que possamos ter um governo, vamos ver nas próximas horas", disse a apoiadores do partido.

No entanto, em uma referência aparente ao plano de Di Maio, ele acrescentou uma analogia entre ministros e jogadores de futebol: "Se alguém é um goleiro, ele precisa jogar como goleiro; se alguém é um atacante, ele precisa jogar como atacante".

Mais cedo nesta quarta-feira, ele havia chamado eleições antecipadas de "a melhor maneira de sair deste lamaçal e desta confusão".

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