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Premiê da Espanha defende 'diálogo e cooperação' com a China

Pedro Sánchez visitará Xangai na terça-feira, onde terá reuniões com autoridades e empresários

Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha (Oscar Del Pozo/Getty Images)

Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha (Oscar Del Pozo/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 08h11.

Última atualização em 9 de setembro de 2024 às 08h51.

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O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu nesta segunda-feira, 9, "diálogo e cooperação" com a China, apesar das tensões comerciais entre Pequim e a União Europeia (UE), no primeiro dia de sua visita ao país asiático.

Sánchez se reuniu com o presidente Xi Jinping, informou a agência estatal chinesa Xinhua, sem revelar detalhes do encontro. Antes, ele se encontrou, no Palácio do Povo de Pequim, com o primeiro-ministro Li Qiang, a quem afirmou que a Espanha "quer continuar fortalecendo as relações com a China".

"Queremos construir pontes para defendermos, juntos, uma ordem comercial justa (...) que permita que as nossas economias cresçam e beneficiem as nossas indústrias e cidadãos", escreveu Sánchez na rede social X.

Sánchez visitará Xangai na terça e quarta-feira, onde terá reuniões com autoridades e empresários. Também deve inaugurar uma sede do Instituto Cervantes, centro cultural espanhol. A visita de Sánchez também acontece em um momento de tensões comerciais entre UE e China, depois que a Comissão Europeia iniciou uma série de procedimentos contra Pequim nos últimos meses.

A questão mais espinhosa é a dos veículos elétricos chineses vendidos na União Europeia.

Na abertura do fórum econômico China-Espanha em Pequim, o líder socialista celebrou os "fortes laços" que unem os dois países.

"Mesmo nos temas em que as nossas posições não coincidem plenamente, mantemos uma vontade construtiva de diálogo e cooperação", disse Sánchez em um vídeo publicado em sua conta na rede social X.

"Estamos comprometidos com o desenvolvimento de uma agenda positiva, com a busca de soluções consensuais que beneficiem todas as partes", acrescentou.

Sánchez também se reuniu com o Conselho Consultivo Empresarial Espanha-China, que chamou de "exemplo do compromisso mútuo para fortalecer e aprofundar as relações comerciais e de investimento entre os dois países".

"Nosso objetivo é claro: fomentar uma relação equilibrada, baseada no respeito e na reciprocidade, que beneficie as duas nações", destacou.

Tensão comercial

A sua chegada à China aconteceu pouco depois do desembarque na Espanha do opositor venezuelano e candidato à presidência Edmundo González Urrutia, que denuncia a reeleição de Nicolás Maduro.

No sábado, Sánchez declarou que a Espanha "nunca dará as costas, nem abandonará, a Edmundo González ou a qualquer venezuelano".

A China mantém fortes vínculos com o governo da Venezuela.

Também coincide com o aumento da tensão entre UE e China. A Comissão Europeia anunciou em 20 de agosto a imposição de tarifas extras por cinco anos sobre os carros elétricos procedentes da China, incluindo os da montadora americana Tesla, que tem uma fábrica em Xangai.

No dia seguinte, a China anunciou a abertura de uma investigação anti-dumping sobre laticínios importados da Europa. Também iniciou um processo similar sobre as importações de carne de porco da UE.

A Espanha é o maior exportador europeu de produtos suínos para a China, com mais de 560 mil toneladas enviadas no ano passado, pelo valor de US$ 1,33 bilhão.

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