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Prefeitura do RJ quer remover moradores de área de risco

  Rio - Três décadas depois de assentar cerca de 50 famílias no Laboriaux, no alto da Favela da Rocinha, zona sul do Rio, a prefeitura quer remover os moradores da localidade, que cresceu bastante no período e avançou sobre a área de mata. Após a destruição causada pelo temporal de segunda-feira, o prefeito Eduardo […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Rio - Três décadas depois de assentar cerca de 50 famílias no Laboriaux, no alto da Favela da Rocinha, zona sul do Rio, a prefeitura quer remover os moradores da localidade, que cresceu bastante no período e avançou sobre a área de mata. Após a destruição causada pelo temporal de segunda-feira, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) anunciou a decisão de realocar os moradores do Laboriaux e do Morro dos Prazeres, no centro.

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A dona de casa Angelita da Silva, de 65 anos, lembra-se bem de quando foi levada para o Laboriaux, em 1982. Ela morava junto a um valão, na parte baixa da Rocinha, e teve de sair para que ali fosse construído um canal. No Rio desde os anos 60, a paraibana conta que a parte mais alta do Laboriaux, onde há três dias duas pessoas, mãe e filha, foram soterradas por um grande deslizamento de terra, era um matagal na época. "Aqui tinha só umas 70 casas, e depois foi chegando cada vez mais gente e subindo mais o morro", conta Angelita, que deixou ontem a casa.

Os moradores foram informados de que não poderão voltar. Cadastradas, as famílias serão assistidas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e receberão um auxílio-aluguel no valor de R$ 250 durante três meses. Elas terão prioridade no programa "Minha Casa, Minha Vida", parceria entre os governos federal e estadual.

A Defesa Civil Municipal interditou 219 casas em toda a Rocinha. Ainda serão avaliadas as condições dos imóveis para se determinar quais voltarão a ser ocupados. O líder comunitário Raimundo Souza estima que somente no Laboriaux vivam 4 mil pessoas. As duas mulheres que morreram no local por conta das chuvas haviam sido avisadas de que existia risco de desmoronamento, e se preparavam para deixar a casa quando foram soterradas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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