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Prefeito italiano nega uso do campo de futebol a refugiados

O prefeito, de partido xenófobo, entende que "não é razoável" que haja clubes amadores que pagam para treinar e os refugiados o façam de graça por solidariedade

Cartaz diz "Refugiados bem-vindos" durante jogo da UEFA: gerente aceitou as condições da Prefeitura e informou que não permitirá que os refugiados treinem sem pagar as cotas (Reuters / Vincent West)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 09h28.

Roma - O prefeito de Mortara (norte da Itália ), Marco Facchinotti, negou o uso do campo de futebol municipal a uma equipe de refugiados que treinava de forma gratuita, por considerar que é injusto que "alguns joguem de graça e outros pagando".

Fontes da Prefeitura confirmaram nesta terça-feira à Agência Efe que o prefeito, do partido xenófobo Liga Norte, entende que "não é razoável" que haja clubes de amadores que pagam para treinar e os refugiados, por outro lado, façam o mesmo de graça por solidariedade de uma associação.

A equipe, que só realizou uma primeira preparação e não pôde voltar a treinar, era formada por refugiados e graças a um entendimento com a Associação Faber, que chegou a um acordo verbal com a empresa que gerencia o campo, Mortara Calcio, foi possível treinar no local gratuitamente.

No entanto, o prefeito criticou que "a empresa não pode administrar o campo como se fosse seu", porque é uma instalação municipal.

A gerente aceitou as condições da Prefeitura e informou que não permitirá que os refugiados treinem sem pagar as cotas.

Em entrevista coletiva, o prefeito defendeu que "alguns não podem jogar de graça e outros pagando" e afirmou que "há pais que pagam para que seus filhos joguem e é um enorme falta de respeito com as famílias que fazem um sacrifício econômico para que seus filhos façam atividades esportivas".

O prefeito do município, de 15 mil habitantes, afirmou que "os clandestinos que vivem nas estruturas de Mortara já jogam nas ruas" e reiterou que "no campo esportivo municipal, não".

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A equipe, que só realizou uma primeira preparação e não pôde voltar a treinar, era formada por refugiados e graças a um entendimento com a Associação Faber, que chegou a um acordo verbal com a empresa que gerencia o campo, Mortara Calcio, foi possível treinar no local gratuitamente.

No entanto, o prefeito criticou que "a empresa não pode administrar o campo como se fosse seu", porque é uma instalação municipal.

A gerente aceitou as condições da Prefeitura e informou que não permitirá que os refugiados treinem sem pagar as cotas.

Em entrevista coletiva, o prefeito defendeu que "alguns não podem jogar de graça e outros pagando" e afirmou que "há pais que pagam para que seus filhos joguem e é um enorme falta de respeito com as famílias que fazem um sacrifício econômico para que seus filhos façam atividades esportivas".

O prefeito do município, de 15 mil habitantes, afirmou que "os clandestinos que vivem nas estruturas de Mortara já jogam nas ruas" e reiterou que "no campo esportivo municipal, não".

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