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Prédio em Campinas é interditado por causa de gases

Ação ocorre devido à concentração de gases no subsolo e aos índices de contaminação por produtos tóxicos da área e do lençol freático

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2011 às 21h41.

Campinas - A Prefeitura de Campinas interditou nesta segunda-feira, 10, um dos blocos do condomínio Parque Primavera, no bairro Mansões Santo Antonio. O auto de interdição foi emitido porque a empresa Concima S.A Construções Civis não cumpriu a intimação da Prefeitura, enviada em 22 de setembro, para colocar em funcionamento um sistema de retirada de gases do subsolo do condomínio em 10 dias.

Laudos da Cetesb demonstraram que, principalmente sob a torre ocupada, "há uma pluma de vapores em todas as direções, com concentrações elevadas de vários compostos orgânicos voláteis, indicando a necessidade de implantação imediata de um sistema de mitigação da intrusão de vapores, independentemente da continuidade da investigação da área, para posterior trabalho de remediação".

O auto de interdição foi entregue à síndica do condomínio, que se comprometeu a comunicar e entregar cópias do documento aos moradores para que eles tomem ciência do ocorrido.

De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Valéria Murad Birolli, com a interdição, os moradores são orientados a deixar seus imóveis devido aos riscos à saúde e ao meio ambiente. Os que quiserem permanecer morando no edifício terão que assinar um documento assumindo as responsabilidades sobre eventuais danos à saúde.

Histórico

A contaminação ambiental no bairro Mansões Santo Antonio foi causada pela extinta indústria de recuperação de solventes Proquima. A empresa funcionou na área de 1973 até 1996, período em que sofreu 13 autuações da Cetesb, entre multas e advertências.

Encerradas as atividades, a Proquima vendeu lotes do terreno à construtora Concima, que ergueu no local três torres residenciais, com 52 apartamentos cada uma. Dessas, apenas uma está ocupada. O projeto inicial da Concima era erguer 8 torres, em dois lotes, mas a constatação da contaminação impediu que o projeto fosse executado.

A Prefeitura de Campinas afirma que tomou conhecimento da contaminação do solo no local em 2002 e que, desde então, estaria atuando junto com a Cetesb e o Ministério Público para resolver o problema.

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