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Preços dos alimentos estarão mais equilibrados em 2013-2014

Segundo a FAO, o aumento dos pescados e dos produtos de pecuária será compensado pela diminuição do gasto na maioria dos demais produtos básicos


	Uma mulher colhe tomates em um campo de Ambohiganahary, em Madagascar: a produção de açúcar "pode alcançar um novo recorde em 2012-2013"
 (Marco Longari/AFP)

Uma mulher colhe tomates em um campo de Ambohiganahary, em Madagascar: a produção de açúcar "pode alcançar um novo recorde em 2012-2013" (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 10h19.

Roma - Os preços dos alimentos serão "mais equilibrados" em 2013-2014, indicou nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em seu relatório semestral.

"O aumento da conta para os pescados e os produtos de pecuária será compensado pela diminuição do gasto na maioria dos demais produtos básicos, em particular do açúcar", disse a FAO.

Segundo a agência da ONU, com sede em Roma, "a conta das importações mundiais de alimentos alcançará 1,009 trilhão de dólares em 2013, 13% a menos que o recorde registrado em 2011, mas um nível próximo às estimativas de 2012".

"A produção mundial recorde de trigo em 2013 aumentará as disponibilidades e permitirá um aumento das reservas", explica a FAO, que prevê que os mercados mundiais de trigo tenham "condições mais estáveis" com preços em baixa.

Já a produção mundial de cereais secundários crescerá e a oferta total será superior à demanda, segundo a organização, de modo que as reservas aumentarão.

A produção de açúcar "pode alcançar um novo recorde em 2012-2013 que deve ser suficiente para cobrir o consumo mundial", indica a FAO.


No que se refere ao arroz, os preços mundiais "foram globalmente estáveis nos cinco primeiros meses de 2013".

Segundo a agência, o mercado do arroz estará muito atento ao que ocorrer na Tailândia, "onde o governo pode decidir liberar as reservas públicas", e na Índia.

Pelo contrário, a produção mundial de carne "deve crescer apenas 1,4% em 2013 e alcançar 308,2 milhões de toneladas", afirma a FAO, que lembra que os preços da carne continuam sendo historicamente altos e que, no momento, não há sinais de que vão diminuir, "apesar da redução de custos dos alimentos para animais".

No que se refere ao pescado, a contração da oferta e o aumento dos custos dos alimentos destinados a algumas das principais espécies comercializadas, como o salmão e os camarões, "provocaram um aumento dos preços internacionais dos produtos do mar".

A produção de leite continua aumentando em 2013 em vários países, em particular na Ásia, mas o crescimento nos principais países exportadores será limitado, indica a FAO, que lembra que os preços aumentaram "devido a uma redução das disponibilidades para a exportação".

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