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Preço de biomassa e PCHs supera o de eólicas em leilões da Aneel

O preço médio por megawatt-hora (MWh) dos dois leilões, que tornaram a energia eólica contratada mais barata que as demais, foi de 133,56 reais

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

São Paulo - O leilão de fontes renováveis de energia A-3 terminou na noite de quinta-feira com a contratação de 714 megawatts (MW) médios de energia, enquanto a demanda das distribuidoras era de 704 MW médios. Já o leilão de reserva contratou outros 445,1 MW médios de energia.

Das três modalidades contratadas nos dois leilões, 70 por cento correspondeu a energia eólica, 25 por cento a biomassa e 5 por cento a Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs).

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O preço médio por megawatt-hora (MWh) dos dois leilões, que tornaram a energia eólica contratada mais barata que as demais, foi de 133,56 reais. O preço médio para eólica foi de 130,86 reais por MWh, para biomassa foi de 144,20 reais e, para PCHs, foi de 141,93 reais. A capacidade instalada de todos os 89 empreendimentos somou 2.892,2 MW, enquanto os negócios totalizaram 26,9 bilhões de reais.

"Com estes leilões completamos o que tínhamos planejado para 2013 e 2014. O planejado até 2014 em expansão da oferta está atendido... estamos com um excedente grande e esse excedente é de energia renovável", afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

"Os leilões quebraram dois paradigmas: a fonte eólica se mostrou mais barata que as demais... e a ideia de que abastecer com quantidade grande (o fornecimento de energias alternativas) poderia ser irregular", acrescentou ele.

O presidente da EPE afirmou ainda não ser possível prever um valor tão baixo para o preço da energia eólica, sem a utilização de subsídios. Já o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, afirmou que diante deste cenário os preços futuros dos leilões poderão ser reavaliados.

No final da tarde e noite de quinta-feira ocorreu a terceira e última fase do leilão de reserva de energias renováveis. A garantia física contratada foi de 388,7 megawatts médios, com o valor total de 7,3 bilhões de reais. A potência total dos empreendimentos foi de 801,7 MW, e o total negociado em MWh foi de 58,3 milhões de reais.

Vinte e cinco usinas venderam energia no certame, sendo 20 eólicas, três de biomassa e duas PCHs.

No caso das usinas eólicas, o preço médio por megawatt-hora ficou em 122,69 reais, deságio de 26,5 por cento em relação ao preço teto de 167 reais. A garantia física dessa modalidade totalizou 266,8 MW médios. A entrega da energia está prevista para 2013 e os contratos terão duração de 20 anos.

A Renova Energia registrou o maior número de empreendimentos com energia contratada: foram seis usinas, todas na Bahia, com preço de 121,25 reais por MWh. Juntas, as usinas venderam 78 MW de energia.

Já a Gestamp, filial da espanhola Corporación Gestamp, vendeu energia de quatro usinas no Rio Grande do Norte. Foram vendidos 42,7 MW, com preços entre 124,45 reais e 125,15 reais por MWh.

No caso das usinas de biomassa, que devem iniciar a produção em 2013, com contratos de 15 anos, o preço médio foi de 134,47 reais por MWh, com 33,4 MW contratados para 2013, 58,9 MW para 2014 e 62,1 MW para 2015. As usinas vencedoras estão localizadas em São Paulo, Tocantins e Goiás.

Os contratos das PCHs terão duração de 30 anos e o início do fornecimento também será em 2013. A energia contratada totalizou 21,7 MW, com preço médio de 130,73 reais por MWh. As usinas estão nos Estados de Mato Grosso e Santa Catarina.

Já no leilão A-3, também realizado na quinta-feira, a espanhola Iberdrola e a Eletrobras foram as principais vendedora e compradora de energia. O valor total transacionado no leilão foi de 17,5 bilhões de reais, com volume foi de 129,4 milhões de megawatt-hora (MWh).

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