Exame Logo

Pré-candidatos do PSDB poupam Kassab e atacam PT

Em sabatina da Folha de S.Paulo, os postulantes à candidatura do PSDB não deixaram de propor melhorias, mas tentaram, na medida do possível, poupar o atual prefeito

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 16h58.

São Paulo - Os pré-candidatos tucanos à Prefeitura de São Paulo seguiram hoje recomendação do governador Geraldo Alckmin e se esquivaram de fazer críticas contundentes à gestão do atual prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.

Em sabatina, promovida pelo portal UOL e pelo jornal "Folha de S.Paulo", os postulantes à candidatura do PSDB não deixaram de propor melhorias à atual administração municipal, mas tentaram, na medida do possível, poupar o atual prefeito de São Paulo de considerações negativas. "Eu não vou ficar espingardeando quem eu não preciso espingardear", resumiu o secretário estadual José Aníbal, um dos pré-candidatos do PSDB. "Em um debate, quando for necessário, no calor do enfrentamento, nós vamos dizer coisas que às vezes não vão deixar felizes os que estão hoje no governo", acrescentou.

Em encontro, promovido na manhã de ontem e articulado pelo governador de São Paulo, os pré-candidatos do PSDB foram recomendados a "dar valor" a partidos com potencial de se tornarem aliados do PSDB na disputa municipal, incluindo o PSD. O comando tucano teme que críticas à atual administração possam inviabilizar uma aliança com a nova sigla, em torno da qual o governador vem ensaiando uma maior aproximação.

Com o prefeito preservado das críticas, a munição dos pré-candidatos tucanos voltou-se para o PT, adversário histórico do PSDB em São Paulo, e ao ministro Fernando Haddad, candidato petista à sucessão municipal. Em mais de uma oportunidade, os tucanos fizeram questão de ressaltar que as eleições em São Paulo serão polarizadas entre PSDB e PT, dando mostras de como deverá ser o discurso da sigla em 2012.

"O adversário nosso é o PT, está polarizada esta eleição, é o PSDB contra o PT de novo", avaliou o deputado federal e pré-candidato do PSDB, Ricardo Trípoli. "Não vai dar mais para o PT mentir da maneira como tem mentido, eles vão ter de enfrentar o problema da maneira correta, não como vem fazendo até hoje", acrescentou.


O tucano lembrou ainda de gafe cometida por Fernando Haddad ao confundir os bairros de Itaim Bibi e Itaim Paulista e fez uma referencia aos escândalos recentes envolvendo o conteúdo da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Sem contar, o que eu imagino que vai acontecer, em um concurso público feito pelo candidato do PT se os dados forem iguais aos do Enem. Vocês imaginem que tipo de concurso público vai haver aqui em São Paulo", ironizou.

A administração do PT à frente da Prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2004, também foi alvo de ataques dos pré-candidatos tucanos, os quais destacaram, em mais de uma oportunidade, que a administração petista "arruinou" as contas públicas da capital paulista. As críticas foram principalmente capitaneadas pelo secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, também pré-candidato do PSDB à sucessão paulistana. "Eu me lembro bem que, quando o ex-governador José Serra foi eleito, a forma como nós pegamos a Prefeitura de São Paulo, foi uma gestão anterior nefasta, destruidora, de terra arrasada", criticou. "A cidade estava destruída, realmente parecia que havia passado uma hecatombe", emendou. O ex-governador José Serra assumiu a Prefeitura de São Paulo em 2005, após a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, hoje senadora pelo PT.

Os pré-candidatos do PSDB defenderam no evento mudanças nas áreas de transporte, saúde e infraestrutura. A "humanização" e a valorização do "capital humano" na cidade de São Paulo também foram pregadas pelos pré-candidatos, reproduzindo avaliação feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, no mês passado, lançou o slogan "yes, we care". Os postulantes do PSDB ressaltaram a necessidade de realização de uma disputa interna por prévias e se mostraram dispostos à formação de uma ampla política de alianças que inclua, entre os partidos, o PSD. "Eu defendo alianças com partidos que tenham afinidade conosco", afirmou Andrea Matarazzo. "Mas o tipo de aliança deve ser discutido mais para frente". O secretário estadual evitou dar uma nota à gestão do prefeito Gilberto Kassab, mas considerou que ela "acertou mais do que errou".

Veja também

São Paulo - Os pré-candidatos tucanos à Prefeitura de São Paulo seguiram hoje recomendação do governador Geraldo Alckmin e se esquivaram de fazer críticas contundentes à gestão do atual prefeito Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD.

Em sabatina, promovida pelo portal UOL e pelo jornal "Folha de S.Paulo", os postulantes à candidatura do PSDB não deixaram de propor melhorias à atual administração municipal, mas tentaram, na medida do possível, poupar o atual prefeito de São Paulo de considerações negativas. "Eu não vou ficar espingardeando quem eu não preciso espingardear", resumiu o secretário estadual José Aníbal, um dos pré-candidatos do PSDB. "Em um debate, quando for necessário, no calor do enfrentamento, nós vamos dizer coisas que às vezes não vão deixar felizes os que estão hoje no governo", acrescentou.

Em encontro, promovido na manhã de ontem e articulado pelo governador de São Paulo, os pré-candidatos do PSDB foram recomendados a "dar valor" a partidos com potencial de se tornarem aliados do PSDB na disputa municipal, incluindo o PSD. O comando tucano teme que críticas à atual administração possam inviabilizar uma aliança com a nova sigla, em torno da qual o governador vem ensaiando uma maior aproximação.

Com o prefeito preservado das críticas, a munição dos pré-candidatos tucanos voltou-se para o PT, adversário histórico do PSDB em São Paulo, e ao ministro Fernando Haddad, candidato petista à sucessão municipal. Em mais de uma oportunidade, os tucanos fizeram questão de ressaltar que as eleições em São Paulo serão polarizadas entre PSDB e PT, dando mostras de como deverá ser o discurso da sigla em 2012.

"O adversário nosso é o PT, está polarizada esta eleição, é o PSDB contra o PT de novo", avaliou o deputado federal e pré-candidato do PSDB, Ricardo Trípoli. "Não vai dar mais para o PT mentir da maneira como tem mentido, eles vão ter de enfrentar o problema da maneira correta, não como vem fazendo até hoje", acrescentou.


O tucano lembrou ainda de gafe cometida por Fernando Haddad ao confundir os bairros de Itaim Bibi e Itaim Paulista e fez uma referencia aos escândalos recentes envolvendo o conteúdo da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Sem contar, o que eu imagino que vai acontecer, em um concurso público feito pelo candidato do PT se os dados forem iguais aos do Enem. Vocês imaginem que tipo de concurso público vai haver aqui em São Paulo", ironizou.

A administração do PT à frente da Prefeitura de São Paulo, entre 2001 e 2004, também foi alvo de ataques dos pré-candidatos tucanos, os quais destacaram, em mais de uma oportunidade, que a administração petista "arruinou" as contas públicas da capital paulista. As críticas foram principalmente capitaneadas pelo secretário estadual de Cultura, Andrea Matarazzo, também pré-candidato do PSDB à sucessão paulistana. "Eu me lembro bem que, quando o ex-governador José Serra foi eleito, a forma como nós pegamos a Prefeitura de São Paulo, foi uma gestão anterior nefasta, destruidora, de terra arrasada", criticou. "A cidade estava destruída, realmente parecia que havia passado uma hecatombe", emendou. O ex-governador José Serra assumiu a Prefeitura de São Paulo em 2005, após a gestão da ex-prefeita Marta Suplicy, hoje senadora pelo PT.

Os pré-candidatos do PSDB defenderam no evento mudanças nas áreas de transporte, saúde e infraestrutura. A "humanização" e a valorização do "capital humano" na cidade de São Paulo também foram pregadas pelos pré-candidatos, reproduzindo avaliação feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, no mês passado, lançou o slogan "yes, we care". Os postulantes do PSDB ressaltaram a necessidade de realização de uma disputa interna por prévias e se mostraram dispostos à formação de uma ampla política de alianças que inclua, entre os partidos, o PSD. "Eu defendo alianças com partidos que tenham afinidade conosco", afirmou Andrea Matarazzo. "Mas o tipo de aliança deve ser discutido mais para frente". O secretário estadual evitou dar uma nota à gestão do prefeito Gilberto Kassab, mas considerou que ela "acertou mais do que errou".

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEleiçõesMetrópoles globaisOposição políticaPartidos políticosPSDBsao-paulo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame