Mundo

Pré-candidato à presidência do Peru é alvo de ataque a tiros

Rafael Belaunde Llosa, do partido Libertad Popular, não teve graves ferimentos

 (X/Reprodução)

(X/Reprodução)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 14h14.

Última atualização em 2 de dezembro de 2025 às 14h29.

Tudo sobrePeru
Saiba mais

Um ataque a tiros foi realizado contra um pré-candidato à presidência do Peru nesta terça-feira, 2, pela manhã, quando ele se encontrava em uma caminhonete na região de Cerro Azul.

Rafael Belaunde Llosa, representante do partido Libertad Popular, não teve ferimentos graves. A confirmação foi dada à emissora peruana RPP por Pedro Cateriano, ex-presidente do Conselho de Ministros.

"É um mau início de campanha. Acho que nós peruanos já sabemos o que é a violência e, bom, estamos infelizmente atravessando um contexto de atividade criminosa, mas é preciso rejeitar com firmeza esse ataque que Rafael Belaunde sofreu a tiros na manhã de hoje. Acho que é algo que não deveria acontecer", declarou Cateriano.

De acordo com Cateriano, o pré-candidato passa bem: "Felizmente, os criminosos não conseguiram seu objetivo (...) Ele está em Cerro Azul cumprindo trâmites legais perante a Polícia".

O ex-presidente do Conselho de Ministros do Peru afirmou também que Belaunde Llosa possui um empreendimento na região onde ocorreu o atentado. "Como em qualquer atividade que ele realiza, ele faz trabalhos de supervisão e controle, e esse condenável incidente ocorreu hoje".

Em uma publicação nas redes sociais, o ex-ministro do Interior do Peru, Gino Costa, classificou o ataque como um “grave atentado”.

“As investigações devem esclarecer o motivo do crime, e a Justiça deve sancionar rápida e firmemente seus responsáveis. Cabe ao governo garantir a segurança dos candidatos à presidência e deter já a violência eleitoral”, escreveu.

Investigações

Óscar Arriola, comandante-geral da Polícia Nacional do Peru (PNP), revelou os primeiros avanços das investigações e afirmou que o pré-candidato está em segurança, sem ferimentos e sob escolta, trabalhando em conjunto com as autoridades locais.

Em uma entrevista ao Canal N, Arriola esclareceu que Belaunde Llosa estava na área realizando atividades pessoais, as quais ele costuma fazer “duas ou três vezes por semana”, para inspecionar terrenos de sua propriedade, que ainda não têm construções.

"Ele afirma que também não foi extorquido nem ameaçado. Quando se preparava para sair desse lugar para pegar uma estrada de terra que o leva à Panamericana Sul, foi aí que apareceu uma moto e disparou contra o veículo, contra ele", explicou o comandante-geral da Polícia Nacional do Peru.

No entanto, Arriola reforçou que o pré-candidato afirmou não ter recebido ameaças prévias nem estar envolvido em disputas por terras.

"Ele declarou que não recebeu nenhuma ameaça extorsiva ou de outro tipo, nenhuma exigência nem nenhuma demanda. A primeira questão levantada foi se esses terrenos estão em litígio ou se há traficantes interessados neles que o veem como uma obstrução para seus planos criminosos, mas até agora também não há nenhum relatório sobre isso. Isso será investigado de forma minuciosa".

*Mais informações em breve. 

Acompanhe tudo sobre:PeruTiroteios

Mais de Mundo

Venezuela autoriza retomada de voos de repatriação a pedido de Trump

Trump ameaça Honduras e pressiona apuração de eleição disputada

Enchentes na Ásia já deixam mais de 1.200 mortos

Argentina firma acordo com EUA para reforçar combate ao crime organizado