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Poroshenko chama visita de Putin de "desafio para o mundo"

"A viagem de Putin à Crimeia ucraniana sem o acordo das autoridades ucranianas é um desafio ao mundo civilizado", disse o presidente ucraniano


	Vladimir Putin atende reunião na Crimeia: o líder ucraniano alegou que "viagens como esta são a continuação da militarização da ocupada península ucraniana e promovem um isolamento ainda maior
 (Reuters/ Alexei Nikolsky)

Vladimir Putin atende reunião na Crimeia: o líder ucraniano alegou que "viagens como esta são a continuação da militarização da ocupada península ucraniana e promovem um isolamento ainda maior (Reuters/ Alexei Nikolsky)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 13h05.

Kiev - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, qualificou de "desafio ao mundo civilizado" a visita desta segunda-feira do líder russo, Vladimir Putin, à península da Crimeia, e advertiu isto eleva a tensão no leste da Ucrânia.

"A viagem de Putin à Crimeia ucraniana sem o acordo das autoridades ucranianas é um desafio ao mundo civilizado, que eleva a tensão criada pelos militares russos e seus mercenários" nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, escreveu Poroshenko em seu Facebook.

O líder ucraniano alegou que "viagens como esta são a continuação da militarização da ocupada península ucraniana e promovem um isolamento ainda maior. Só na Ucrânia a Crimeia tem futuro, incluído seu turismo".

Putin presidiu no balneário crimeano de Yalta uma reunião da sua chefia do Conselho de Estado dedicada principalmente ao turismo na Federação da Rússia. Além disso, o chefe do Kremlin deve se reunir hoje com representantes das minorias étnicas que vivem na península.

A Crimeia foi anexada à Rússia em março do ano passado, pouco depois da derrocada em Kiev do presidente pró-Rússia Viktor Yanukovich (atualmente refugiado na Rússia), e a ascensão ao poder das forças pró-europeias.

Um mês mais depois, um levante pró-russo no leste da Ucrânia deu início a um conflito armado entre as tropas leais a Kiev e os rebeldes, que após 16 meses tem cerca de 7 mil mortos, entre civis e combatentes, segundo os últimos dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar da trégua que rege na região desde meados de fevereiro, a situação piorou sensivelmente nas últimas semanas, com os dois lados acusando-se diariamente de dezenas de violações do cessar-fogo. EFE

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