Mundo

Pompeo proíbe bandeira LGBT em mastros de embaixadas dos EUA

"O secretário considera que no mastro deve tremular apenas a bandeira americana", revelou a porta-voz do departamento de Estado

LGBT: Pompeo proibiu que bandeira símbolo da luta seja colocada em mastros de embaixadas norte-americanas (Ira L. Black/Corbis/Getty Images)

LGBT: Pompeo proibiu que bandeira símbolo da luta seja colocada em mastros de embaixadas norte-americanas (Ira L. Black/Corbis/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 10 de junho de 2019 às 21h28.

Última atualização em 10 de junho de 2019 às 21h28.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, proibiu que as embaixadas dos Estados Unidos exibam a bandeira arco-íris em seus mastros por ocasião do mês do Orgulho Gay, confirmou nesta segunda-feira o departamento de Estado.

Pompeo, um cristão evangélico, já declarou que considera o casamento como a união entre um homem e uma mulher, mas que respeita seus funcionários independentemente de sua orientação sexual.

"O secretário considera que no mastro (das embaixadas) deve tremular apenas a bandeira americana", revelou a porta-voz do departamento de Estado Morgan Ortagus.

A funcionária destacou que os diplomatas no exterior poderão colocar a bandeira arco-íris em qualquer outro local da embaixada em junho, mês do orgulho LGBTI, que este ano recorda o 50° aniversário dos distúrbios de Stonewall, em Nova York, um marco na luta pelos direitos desta comunidade.

"O atual mês do Orgulho Gay é celebrado em todo o mundo por muitos funcionários do departamento de Estado", recordou Ortagus.

A administração precedente, presidida pelo democrata Barack Obama, deixou que a bandeira arco-íris tremulasse nas embaixadas dos EUA sem restrições, e iluminou a Casa Branca com estas cores quando a Suprema Corte legalizou o casamento homossexual em todo o país, em 2015.

A ordem de Pompeo provocou indignação entre os defensores dos direitos dos homossexuais: "em um momento no qual as comunidades LGTBQ são perseguidas em todo o mundo, esta decisão do departamento de Estado é um ataque descarado contra os direitos LGTBI", disse o senador democrata Ed Markey.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)LGBT

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil