Política monetária já opõe Palocci a Mantega
Divergências quanto ao rumo da presidência de Dilma colocam os ministros em um embate
Da Redação
Publicado em 1 de abril de 2011 às 09h08.
Brasília - Três meses depois da posse da presidente Dilma Rousseff, o governo tem hoje uma disputa interna entre dois dos principais integrantes do primeiro escalão. De um lado, o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, defendendo a retomada da política de alta de juros como fórmula para reduzir a inflação e dosar o crescimento do País. Do outro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que sucedeu Palocci ainda no governo Lula, resiste ao receituário dos últimos 16 anos e defende a eficácia das medidas de contenção de empréstimos bancários voltados para o consumo.
Na prática, Mantega e Palocci são hoje os dois ministros mais poderosos e influentes do governo Dilma e as diferenças entre os dois também envolvem a disputa pela indicação do rumo que a presidente deverá seguir na condução da economia de sua administração. Mantega comanda a equipe econômica, mas Palocci é o gerente do governo. Com visões diferentes, já não é segredo os bombardeios mútuos nos bastidores.
Hoje, apesar de toda a influência de Palocci, que se aproximou muito de Dilma durante a campanha presidencial, Mantega leva vantagem nessa queda de braço, inclusive na opção dos instrumentos para conter a elevada valorização do real, que está contabilizada em 32%, nos últimos dois anos. Essa vantagem é atribuída ao sucesso da atuação conjunta de Fazenda e Banco Central (BC) durante a crise financeira de 2008 e das "medidas macroprudenciais", o novo receituário aplicado a partir de dezembro do ano passado.
O BC reforçou o uso dessas medidas no Relatório de Inflação divulgado nesta semana e estabeleceu uma comunicação direta com o mercado: 2011 será um ano "de um pouquinho mais de inflação". O BC não vai patrocinar um choque nos juros para jogar o País numa recessão e dar como prêmio o retorno da inflação ao centro da meta de 4,5%. O horizonte é uma inflação menor somente em 2012. Porém, o BC deixou engatada uma marcha à ré ao afirmar que "a estratégia de política monetária pode eventualmente ser reavaliada, em termos de sua intensidade, de sua distribuição temporal ou de ambos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Brasília - Três meses depois da posse da presidente Dilma Rousseff, o governo tem hoje uma disputa interna entre dois dos principais integrantes do primeiro escalão. De um lado, o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, defendendo a retomada da política de alta de juros como fórmula para reduzir a inflação e dosar o crescimento do País. Do outro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que sucedeu Palocci ainda no governo Lula, resiste ao receituário dos últimos 16 anos e defende a eficácia das medidas de contenção de empréstimos bancários voltados para o consumo.
Na prática, Mantega e Palocci são hoje os dois ministros mais poderosos e influentes do governo Dilma e as diferenças entre os dois também envolvem a disputa pela indicação do rumo que a presidente deverá seguir na condução da economia de sua administração. Mantega comanda a equipe econômica, mas Palocci é o gerente do governo. Com visões diferentes, já não é segredo os bombardeios mútuos nos bastidores.
Hoje, apesar de toda a influência de Palocci, que se aproximou muito de Dilma durante a campanha presidencial, Mantega leva vantagem nessa queda de braço, inclusive na opção dos instrumentos para conter a elevada valorização do real, que está contabilizada em 32%, nos últimos dois anos. Essa vantagem é atribuída ao sucesso da atuação conjunta de Fazenda e Banco Central (BC) durante a crise financeira de 2008 e das "medidas macroprudenciais", o novo receituário aplicado a partir de dezembro do ano passado.
O BC reforçou o uso dessas medidas no Relatório de Inflação divulgado nesta semana e estabeleceu uma comunicação direta com o mercado: 2011 será um ano "de um pouquinho mais de inflação". O BC não vai patrocinar um choque nos juros para jogar o País numa recessão e dar como prêmio o retorno da inflação ao centro da meta de 4,5%. O horizonte é uma inflação menor somente em 2012. Porém, o BC deixou engatada uma marcha à ré ao afirmar que "a estratégia de política monetária pode eventualmente ser reavaliada, em termos de sua intensidade, de sua distribuição temporal ou de ambos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.