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Policiais franceses usarão câmeras nos ombros

O governo fez o anúncio um dia antes do 10º aniversário de morte de 2 jovens que se esconderam numa central elétrica para se esconder dos agentes

Polícia da França: o uso das câmeras é forma pela qual o governo pretende evitar que os agentes abusem de suas funções e também servir como prova para justificar as ações (François Nascimbeni/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 12h12.

Paris - Os policiais que patrulham a França a pé levarão câmeras para gravar suas ações, evitando assim abusos e agressões, indicou nesta segunda-feira o primeiro do país, Manuel Valls, que anunciou uma série de medidas para melhorar a vida nos bairros mais inseguros e isolados do país.

O chefe do governo fez o anúncio um dia antes do décimo aniversário de morte de dois jovens nos arredores de Paris quando se esconderam uma central de distribuição elétrica para se esconder dos agentes, um caso que desencadeou uma onda de revoltas em grandes cidades do país e obrigou o governo a decretar toque de recolher.

Valls, acompanhado de 17 membros do Executivo, fez uma visita a Les Mureaux, uma das comunas mais problemáticas dos arredores da capital, e reconheceu que apesar das iniciativas tomadas pelo governo "os resultados não estão à altura do esperado".

Por isso, estabeleceu uma série de medidas para "reconquistar" esses locais nos quais, em algumas ocasiões, a presença policial, inclusive, é muito rara.

Entre elas está o uso das câmeras, forma pela qual o governo pretende evitar que os agentes abusem de suas funções e também servir como prova para justificar as ações.

O governo promoverá as mudanças legislativas necessárias para regular essas câmeras, que serão instaladas nas ombreiras dos uniformes dos policiais, assim como o tratamento das imagens gravadas por eles nas operações.

Um total de 961 policiais e 573 gendarmes (polícia militarizada) usaram essas câmeras que estão sendo testadas desde abril de 2013, um resultado que Valls considerou como um "sucesso".

Essas medidas respondem a uma promessa de campanha do presidente da França, François Hollande, de lutar contra as discriminações da atuação policial, alvo de queixas constantes de grupos de jovens, em particular dos de origem imigrante.

Eles protestam porque os negros e os árabes são controlados de forma mais regular pelos agentes.

Por outro lado, para reduzir a distância desses bairros isolados e o restante do país, Valls anunciou o lançamento de uma campanha de detecção de discriminação na contratação por parte das empresas, em particular na hora de selecionar candidatos para um cargo.

Além disso, para favorecer a mistura social, o primeiro-ministro afirmou que cobrará dos municípios a construção de pelo menos um quarto dos imóveis de proteção oficial, algo que é descumprido, sobretudo, nos arredores das grandes cidades do país.

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O chefe do governo fez o anúncio um dia antes do décimo aniversário de morte de dois jovens nos arredores de Paris quando se esconderam uma central de distribuição elétrica para se esconder dos agentes, um caso que desencadeou uma onda de revoltas em grandes cidades do país e obrigou o governo a decretar toque de recolher.

Valls, acompanhado de 17 membros do Executivo, fez uma visita a Les Mureaux, uma das comunas mais problemáticas dos arredores da capital, e reconheceu que apesar das iniciativas tomadas pelo governo "os resultados não estão à altura do esperado".

Por isso, estabeleceu uma série de medidas para "reconquistar" esses locais nos quais, em algumas ocasiões, a presença policial, inclusive, é muito rara.

Entre elas está o uso das câmeras, forma pela qual o governo pretende evitar que os agentes abusem de suas funções e também servir como prova para justificar as ações.

O governo promoverá as mudanças legislativas necessárias para regular essas câmeras, que serão instaladas nas ombreiras dos uniformes dos policiais, assim como o tratamento das imagens gravadas por eles nas operações.

Um total de 961 policiais e 573 gendarmes (polícia militarizada) usaram essas câmeras que estão sendo testadas desde abril de 2013, um resultado que Valls considerou como um "sucesso".

Essas medidas respondem a uma promessa de campanha do presidente da França, François Hollande, de lutar contra as discriminações da atuação policial, alvo de queixas constantes de grupos de jovens, em particular dos de origem imigrante.

Eles protestam porque os negros e os árabes são controlados de forma mais regular pelos agentes.

Por outro lado, para reduzir a distância desses bairros isolados e o restante do país, Valls anunciou o lançamento de uma campanha de detecção de discriminação na contratação por parte das empresas, em particular na hora de selecionar candidatos para um cargo.

Além disso, para favorecer a mistura social, o primeiro-ministro afirmou que cobrará dos municípios a construção de pelo menos um quarto dos imóveis de proteção oficial, algo que é descumprido, sobretudo, nos arredores das grandes cidades do país.

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