Manifestantes protestam contra a marcha da extrema-direita em Washington, nos EUA (Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de agosto de 2018 às 15h05.
Washington - A polícia municipal de Washington proibiu o porte de armas de fogo nas ruas próximas à Casa Branca, onde neste domingo haverá uma manifestação de grupos supremacistas brancos que será observada por um forte esquema de segurança.
A manifestação coincide com o primeiro aniversário da trágica passeata de Charlottesville, na Virgínia, que terminou com três mortes.
Segundo constatou a Agência Efe, a polícia instalou em placas e semáforos próximos à Casa Branca cartazes brancos nos quais se adverte que "todas as armas de fogo" estão proibidas a uma distância de 30 metros de cada letreiro.
O porte de armas é protegido nos EUA pela Segunda Emenda da Constituição, mas as autoridades dos 50 estados e do Distrito de Columbia podem definir restrições.
Na capital americana é proibido portar pistolas em lugares públicos, como estádios, hospitais ou no transporte público, assim como nos arredores da Casa Branca e na esplanada verde do National Mall, onde se encontra a maior parte dos monumentos e museus.
Os organizadores da manifestação preveem que cerca de 400 pessoas se juntem ao ato nesta tarde no Parque Lafayette, em frente à Casa Branca, segundo descreve a permissão solicitada à Câmara Municipal por Jason Kessler, organizador da trágica passeata "Unir a Direita" realizada em Charlottesville.
Para garantir a segurança, a polícia municipal proibiu o aceesso dos pedestres à esplanada que se situa em frente à mansão presidencial, de modo que os manifestantes terão que ficar dentro do Parque Lafayette. Além disso, a Casa Branca e os seus edifícios de escritórios estão cercados com cercas pretas de um metro de altura.
Nos acessos das ruas que cercam a mansão presidencial há diversas viaturas, enquanto nas esquinas se concentram agentes locais vestidos de azul e com coletes amarelos, assim como membros do Serviço Secreto, de preto e com coletes à prova de balas.