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Polícia entra em confronto com manifestantes no Egito

Membros da Irmandade e seus apoiadores lançaram pedras contras as forças de segurança que responderam com jatos de água e gás lacrimogêneo


	Manifestantes partidárias de Mursi desafiam militares: tumultos se espalharam por áreas densamente povoadas em várias cidades e províncias do Egito
 (Mahmud Hams/AFP)

Manifestantes partidárias de Mursi desafiam militares: tumultos se espalharam por áreas densamente povoadas em várias cidades e províncias do Egito (Mahmud Hams/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 15h36.

Cairo - Confrontos entre a polícia e apoiadores do presidente islamita deposto, Mohamed Mursi, explodiram em todo o Egito nesta sexta-feira deixando seis mortos, após a Irmandade Muçulmana ter voltado a instigar protestos antes do referendo marcado para o final deste mês.

Os tumultos se espalharam por áreas densamente povoadas em várias cidades e províncias do país, incluindo Cairo, Giza, Ismaília e Alexandria. Membros da Irmandade e seus apoiadores lançaram pedras contras as forças de segurança que responderam com jatos de água e gás lacrimogêneo.

Uma fumaça negra escureceu o céu após os manifestantes terem queimado pneus e lançado coquetéis molotov nas forças de segurança. Vários carros da polícia foram queimados e várias estradas foram bloqueadas pelos manifestantes.

O Ministério da Saúde informou que seis pessoas morreram, três delas no Cairo, e mais de 40 ficaram feridas nos protestos. A aliança comandada pela Liberdade Muçulmana disse em sua página no Facebook que o total de mortos chega a 19.

O Ministério do Interior informou em comunicado que 122 manifestantes da Irmandade foram presos transportando granadas caseiras e coquetéis molotov.

Estas cenas têm sido recorrentes desde que os militares depuseram Morsi em um golpe em três de julho do ano passado após manifestantes anti islamitas terem protestado exigindo sua renúncia.

O governo interino considera o referendum um marco em seu plano de transição após a retirada de Morsi do poder, e que prevê eleições presidenciais e parlamentares nos próximos meses. O plano é uma emenda à versão do projeto de Constituição de 2012 escrito por um painel dominado pelos islamitas sob o governo de Morsi, e que foi suspenso durante o golpe. Fonte: Associated Press.

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