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Polícia egípcia pode usar munição verdadeira em protesto

Anúncio foi feito após manifestantes islâmicos atearem fogo a um edifício governamental na província do Cairo e depois de dispersão de apoiadores de Mursi

Homem ao lado de caixão vazio aguarda para identificar corpos dos mortos: onda de violência no Egito causou a morte de 525 pessoas, segundo Ministério da Saúde (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2013 às 18h11.

Brasília – O Ministério do Interior egípcio anunciou hoje (15) que a polícia está autorizada a usar munições verdadeiras quando os manifestantes atacarem bens públicos ou as forças da ordem.

O anúncio foi feito após manifestantes islâmicos atearem fogo a um edifício governamental na província do Cairo e depois de a polícia e o Exército terem dispersado apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi.

Também nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o cancelamento dos exercícios militares no Egito para protestar contra a morte de centenas de manifestantes.

Os exercícios militares também foram cancelados em 2011, no auge da revolta no Egito que derrubou o antigo ditador Hosni Mubarak, um aliado próximo dos EUA.

O presidente dos EUA disse que o seu país não está do lado de nenhuma força política egípcia e defendeu o cancelamento do estado de emergência decretado pelo governo egípcio e o arranque do processo de reconciliação nacional.

França, Grã-Bretanha e Austrália, em conjunto, solicitaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para discutir o massacre no Egito, segundo diplomatas. O encontro, a portas fechadas, pode ocorrer até esta noite.

A onda de violência no Egito causou a morte de 525 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde, e a situação motivou um apelo do papa Francisco à “paz, ao diálogo e à reconciliação”. Os mais de 500 mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa Al Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país, disse fonte oficial do ministério.

A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira (14), as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído e detido pelo exército no dia 3 de julho.

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Também nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o cancelamento dos exercícios militares no Egito para protestar contra a morte de centenas de manifestantes.

Os exercícios militares também foram cancelados em 2011, no auge da revolta no Egito que derrubou o antigo ditador Hosni Mubarak, um aliado próximo dos EUA.

O presidente dos EUA disse que o seu país não está do lado de nenhuma força política egípcia e defendeu o cancelamento do estado de emergência decretado pelo governo egípcio e o arranque do processo de reconciliação nacional.

França, Grã-Bretanha e Austrália, em conjunto, solicitaram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para discutir o massacre no Egito, segundo diplomatas. O encontro, a portas fechadas, pode ocorrer até esta noite.

A onda de violência no Egito causou a morte de 525 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde, e a situação motivou um apelo do papa Francisco à “paz, ao diálogo e à reconciliação”. Os mais de 500 mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa Al Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país, disse fonte oficial do ministério.

A violência no Egito foi desencadeada quando, na quarta-feira (14), as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído e detido pelo exército no dia 3 de julho.

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