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Polícia dispersa com violência protestos islamitas no Cairo

Agentes antidistúrbios utilizaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes que tinham partido da mesquita Al Salam

Policiais em frente a corte no Cairo: referendo é a primeira votação no Egito desde a deposição de Mursi pelo Exército (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Policiais em frente a corte no Cairo: referendo é a primeira votação no Egito desde a deposição de Mursi pelo Exército (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2014 às 17h53.

Cairo - A polícia egípcia dispersou com violência vários protestos da Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas em diferentes pontos do Cairo neste sábado, em coincidência com o terceiro aniversário da revolução de 25 de janeiro.

Agentes antidistúrbios utilizaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes que tinham partido da mesquita Al Salam, no distrito cairota de Cidade Nasser, depois que estes interromperam o tráfego, disse à Agência Efe uma fonte das forças de segurança.

Também foram usadas bombas de gás e balas de borracha no bairro de Mohandisin (oeste do Cairo), perto da mesquita de Mustafa Mahmoud, um dos principais locais de concentração dos seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi.

Já em Zaytun, no leste da capital, moradores da região enfrentaram manifestantes islamitas, acrescentou a fonte.

A islamita Aliança em Defesa da Legitimidade, que inclui a Irmandade Muçulmana e outros grupos afines, anunciou que hoje continuará seus protestos por todo o país no marco da convocação que lançaram esta semana.

Outro grupo na órbita da Irmandade, os chamados Estudantes Contra o Golpe, anunciou que se somará às marchas não oficiais para comemorar a queda de Hosni Mubarak e pedir a restituição do deposto presidente.

Segundo este movimento juvenil, desde a queda de Mursi morreram mais de 350 estudantes e três mil foram detidos pelas forças de segurança.

Frente aos protestos dos islamitas, que estão sendo reprimidos pela polícia, milhares de manifestantes já estão reunidos na Praça Tahrir entre fortes medidas de segurança em resposta à chamada das autoridades para celebrar o terceiro aniversário da revolução. 

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