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Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2013 às 15h44.
Sidnei - A polícia investiga o desaparecimento de pessoas depois que um incêndio varreu parte da ilha da Tasmânia, destruindo mais de 100 casas e forçando milhares a deixar a região. "Temo que alguém possa ter morrido nestes incêndios. É uma possibilidade clara e eu acredito que as pessoas precisam aceitar que isso pode ocorrer", disse o comissário de polícia da Tasmânia, Scott Tilyard.
A polícia está investigando diversos relatos de desaparecimento depois que o fogo atingiu a região ao sul da Tasmânia. "Embora ainda não tenhamos tomado conhecimento de mortes associadas a este incêndio, até este momento, quero deixar bastante claro que ainda é muito cedo para confirmar que isso não ocorreu", acrescentou.
Cerca de três mil pessoas deixaram suas casas e muitos rumaram, no domingo, para abrigos de emergência à medida que o fogo avançava tanto para o leste quanto para o oeste da capital Hobart.
"No momento, ainda estamos trabalhando em inúmeros incêndios no Estado", disse o encarregado do corpo de bombeiros da Tasmânia, Mike Brown. "E estaremos nesta situação por diversos dias ainda".
Brown estimou que há "centenas de quilômetros de fogo não controlado "ainda queimando em áreas de floresta de difícil acesso. "Temos muito trabalho a fazer", afirmou.
Fortes ventos, que espalharam as chamas, tiveram abrandamento, segundo o porta-voz do corpo de bombeiros, John Holloway. "Estamos esperando o mesmo clima quente novamente até quinta-feira, então se tivermos esta janela para trabalhar (ventos mais fracos) para obter alguma forma controle, vamos aproveitar esta oportunidade", citou.
O clima quente e seco foi a condição para que os incêndios começassem em diversos Estados da Austrália neste mês, com ondas de calor elevado em diversas das principais cidades.
Estes incêndios já são conhecidos na região, onde 173 pessoas pereceram em 2009, durante o pior desastre natural recente. As informações são da Dow Jones.